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Nos 173 anos de Juiz de Fora, o presente é a reabertura total do Museu Mariano Procópio

Entrega do restauro da Villa Ferreira Lage será nesta quarta-feira, 31 de maio, dia do aniversário de Juiz de Fora.


Por Roberta Oliveira

Um dos inúmeros quartos da Villa Ferreira Lage, onde D. Pedro II, a Imperatriz e as Princesas eram hospedados Foto: Carlos Mendonça/PJF

Juiz de Fora completa 173 anos nesta quarta-feira, 31 de maio. O presente anunciado pela Prefeitura para a data é a reabertura total do Museu Mariano Procópio, com a entrega do restauro da Villa Ferreira Lage.


O evento será às 19h na instituição e faz parte da programação oficial "Juiz de Fora 173 anos, cidade dos afetos" que celebra o aniversário do município.


Os prédios do Museu Mariano Procópio estavam fechados para reformas desde 2007. As etapas de reabertura começaram no ano passado, com o prédio Anexo. Segundo a prefeitura, a instituição possui 53 mil itens, entre eles, o segundo maior acervo do período imperial do Brasil.


Foram investidos R$ 800 mil para a reforma da Villa Ferreira Lage, ou Castelinho, como é popularmente conhecido. O imóvel foi construído em 1861 para receber o Imperador D. Pedro II e a família imperial na primeira visita à Juiz de Fora.


Assim que a visitação for aberta para todo o público, no fim de semana, a entrada é gratuita e livre para todas as idades. O funcionamento é de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 16h e aos sábados e domingos das 10h30 às 16h. A instituição tem duas entradas: Rua Dom Pedro II, 350, e Rua Mariano Procópio, 1100.


O Secretário de Comunicação da Prefeitura, Márcio Guerra, antecipou alguns detalhes que serão vistos pelos visitantes, destacou a prioridade aos estudantes e a importância de devolver à população o primeiro Museu de Minas Gerais.


Programação Juiz de Fora 173 anos: cidade dos afetos



Compromisso com a cultura e o patrimônio

O secretário de comunicação Márcio Guerra destacou o que representa para a atual administração a reabertura plena do Museu Mariano Procópio.



Os primeiros dias do Museu totalmente reaberto serão para receber visitas de instituições de ensino de Juiz de Fora. Márcio Guerra reforça o motivo desta prioridade, que dialoga com um dos propósitos da existência da instituição.

No fim de semana, a visitação será aberta para toda a população. Márcio Guerra destaca algumas das curiosidades que podem ser vistas pelo público na Villa.


E neste dia do aniversário de 173 anos de Juiz de Fora, o secretário de comunicação Márcio Guerra deixa uma mensagem especial aos ouvintes da Rádio Catedral FM.


Sala de jantar onde a família imperial fazia suas refeições junto à família Ferreira Lage. Foto: Carlos Mendonça/PJF

Primeiro Museu de Minas Gerais

No mês que vem, o Museu Mariano Procópio completa 116 anos de criação e 101 de inauguração oficial. A Villa foi aberta em 1915 como museu particular do colecionador Alfredo Ferreira Lage (1865-1944). A inauguração oficial, já com o prédio Anexo, ocorreu em 23 de junho de 1921.

Em 1861, Dom Pedro II, sua família e uma comitiva que incluía jornalistas e fotógrafos partiam de Petrópolis em direção à cidade mineira de Juiz de Fora para participarem da inauguração da primeira estrada macadamizada da América Latina, a União e Indústria.

A rodovia foi idealizada e construída pelo engenheiro Mariano Procópio Ferreira Lage, que construiu uma residência para abrigar a família imperial. A Villa Ferreira Lage ficava no alto de uma colina na chácara de Mariano Procópio onde a família passava os veraneios.


A casa contava com 14 cômodos, distribuídos em 2 pavimentos, um torreão e um subsolo. A edificação de inspiração renascentista italiana foi projetada pelo arquiteto alemão Carl August Gambs. O parque foi projetado na mesma época, é a autoria é atribuída ao paisagista francês Auguste François Marie Glaziou. Após a morte da mãe, Maria Amália, em 1914, Alfredo Ferreira Lage, filho mais novo de Mariano Procópio, herdou a residência. Ele a transformou em um museu particular. Seis anos depois, após a construção do prédio anexo, onde está a primeira galeria de arte de Minas Gerais - batizada como Galeria Maria Amália, Alfredo inaugurou o “Museu Mariano Procópio” em homenagem ao pai, abrindo o espaço para a visitação pública.


Alfredo Ferreira Lage formalizou a doação do Museu, acervo e parque ao Município, sem nada exigir para si, nem para os herdeiros, em 29 de fevereiro de 1936. Criou o Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, que atua guardião da instituição e que é responsável pela indicação do diretor, através de lista tríplice enviada para escolha do(a) prefeito(a).


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Imagem aérea do Museu Mariano Procópio Foto: Carlos Mendonça/PJF

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