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Foto do escritorRadio Catedral

Diocese de Juiz de Fora, 99 anos: Dom Gil fala sobre relevância e futuro da nossa Igreja particular

Por Roberta Oliveira e Fabíola Castro


Esta quarta-feira, 1º de fevereiro de 2023, é um dia de muita alegria para nossa Igreja Particular: é o aniversário de 99 anos da criação da Diocese de Juiz de Fora.


A celebraçãooficial será no próximo domingo, dia 5 de fevereiro, às 15h, em missa na Catedral Metropolitana que será presidida pelo Núncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro, o representante do Papa Francisco no Brasil.


Além de marcar a abertura do Ano Jubilar e também mais um momento no Ano Vocacional, a celebração terá a entronização do ícone de Maria, Mãe da Igreja, como parte do início do Ano Mariano na preparação para o centenário Diocesano em 2024.


Nesta quarta, 1º, o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, benzeu o quadro de Maria, Mãe da Igreja, recentemente pintado pelo artista mineiro Avimar Menezes. O Ícone da Padroeira da Província Eclesiástica de Juiz de Fora ficará na Capela do Lar Sacerdotal até ser entronizado na Catedral no domingo, 5.


Ícone de Maria, Mãe da Igreja que será entronizado na Catedral no próximo domingo (5) e que irá peregrinar pelas paróquias da Arquidiocese | Foto: Arquidiocese JF.


Diocese: impacto além da geografia e da religião na formação das pessoas


Iniciando a reflexão sobre a relevância da Diocese, Dom Gil Antônio Moreira fez um breve resumo da história da Igreja Católica em Juiz de Fora.


O Arcebispo comentou o significado da implantação de uma Diocese em uma comunidade social.


Compromisso e legado para a sequência da vivência na fé




Dom Gil Antônio Moreira apontou a força da organização da Igreja Católica em uma Diocese para além do aspecto de cuidado religioso na comunidade local e regional.


Conforme Dom Gil, a influência de uma Diocese transcende limites geográficos regionais e impacta no cenário nacional.


Por isso, o Arcebispo convida todos a estarem prontos não só para a missa de abertura do Ano Jubilar, no domingo, dia 5, presidida por Dom Giambattista Diquattro, mas com o compromisso e o legado da cerimônia para a sequência da nossa vivência na fé.


Cada um de nós faz parte desta história


Ao longo do mês de janeiro, várias vezes, Dom Gil Antônio Moreira, os padres da Arquidiocese e a Rádio Catedral FM destacou que cada pessoa, em cada cidade de nossa Igreja Particular, faz parte dessa história dos 99 anos da Diocese de Juiz de Fora


No editorial desta quarta-feira, Padre Erélis refletiu sobre como cada um de nós pode fazer a nossa igreja particular cada vez sinodal e mais forte na fé.


Confira também:





História da Arquidiocese de Juiz de Fora*


Diocese x Arquidiocese


Para compreender melhor a comemoração, o ideal é saber a diferença entre diocese e arquidiocese. Começaremos voltando à história romana. O Imperador Romano Diocleciano (284 a 305 d.C) dividiu o império em províncias administrativas, que foram chamadas de Dioceses. Em cada uma, ele colocou um vigário, que governaria a província em nome do imperador.


Quando o império romano caiu, a Igreja assumiu, por praticidade, esta divisão. E o que era chamado de Diocese, passou a ser a jurisdição de um bispo. Dioceses são um conjunto de paróquias administrado por um bispo. Com o Concílio Vaticano II, este conceito de Diocese foi esclarecido como “porção do povo de Deus para o pastoreio de um Bispo”. A Diocese se realiza como verdadeira Igreja particular, em comunhão com as demais Igrejas que estejam, por sua vez, em plena comunhão com o Papa, enquanto legítimo Sucessor de Pedro.


Com o crescimento da Igreja e também o crescimento territorial, as dioceses foram se dividindo e formando novas dioceses. Para promover uma ação pastoral comum às diversas dioceses vizinhas e fomentar as relações mútuas dos Bispos diocesanos, as Igrejas particulares mais próximas foram agrupadas em Arquidioceses, chamadas também Províncias Eclesiásticas, delimitadas por um certo território.


A Arquidiocese agrupa em torno de si outras dioceses designadas pela Santa Sé, chamadas de sufragâneas. Quem a preside é o Arcebispo Metropolitano, ou simplesmente, Metropolita, com quem os bispos sufragâneos caminham juntos na evangelização e santificação do povo. Esse é um critério importante quando se reforça o papel sinodal do episcopado e da Igreja.


Breve histórico da Igreja Particular de Juiz de Fora


A Diocese de Juiz de Fora foi idealizada por Dom Silvério Gomes Pimenta, segundo Arcebispo de Mariana (MG), e concretizada pelo seu sucessor, Dom Helvécio Gomes de Oliveira. Nossa Igreja Particular foi criada com a Bula Pontifícia “Ad Sacrosancti Apostolatus Officium”, do Papa Pio XI, em 1º de fevereiro de 1924, tendo Dom Justino José de Santana como primeiro Bispo.


Juiz de Fora foi uma diocese até o ano de 1962. No dia 14 de abril daquele ano, dom Geraldo recebeu do papa João XXIII a Bula “Qui tanquam Petrus”, que criou a nova província eclesiástica de Juiz de Fora, elevando a Diocese de Juiz de Fora à Arquidiocese.

Regeram a Igreja de Juiz de Fora os seguintes Pastores:


  • 1º Bispo: Dom Justino José de Santana: 1924 – 1958

  • 2º Bispo e 1º Arcebispo: Dom Geraldo Maria de Morais Penido: 1958 – 1977

  • 2º Arcebispo: Dom Juvenal Roriz, CSSR: 1978 – 1990

  • 3º Arcebispo: Dom Clóvis Frainer, OFM.Cap: 1991 – 2001

  • 4º Arcebispo: Dom Eurico dos Santos Veloso; 2002 – 2009

  • 5º Arcebispo: Dom Gil Antônio Moreira; desde 2009



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