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São Martinho de Lima e santidade pela caridade: conheça o padroeiro da igreja-irmã da Arquidiocese

Por Rádio Catedral



Nesta sexta-feira (3), a Igreja Católica faz memória de São Martinho de Lima. O jovem peruano que sentiu o chamado para a vida religiosa e que se dedicou ao serviço aos pobres e necessitados. O padroeiro dos barbeiros também é o padroeiro da Paróquia da Igreja-Irmã da Arquidiocese de Juiz de Fora em Óbidos (PA), que celebrou 10 anos de fundação em 2023.


No editorial do Jornal Boa Nova desta sexta, o Padre Camilo de Paiva destacou que a caridade foi o caminho de São Martinho de Lima para a santidade.



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Conheça a história de São Martinho de Lima

*Fonte: Canção Nova


São Martinho nasceu em Lima, no dia 9 de dezembro de 1579, filho de um nobre cavaleiro espanhol, João Porres, e de uma negra do Panamá, de origem africana, Ana Velásquez. Por causa da pele escura, o pai não o quis reconhecer, e, no livro de batizado, foi registrado como filho de pai ignorado.


O valor representativo de São Martinho na história da santidade deriva do fato de ser ele uma dessas “misturas” da América, como um cronista do século XVI definia ironicamente os mulatos.


Vida Simples


São Martinho viveu pobremente até os oitos anos de idade e na companhia da mãe e de uma irmãzinha, nascida dois anos depois dele. Educado por sua mãe, no santo temor de Deus, começou ainda criança a trabalhar como aprendiz de barbeiro. Era uma profissão manual e também desprezada pelos que tinham aspirações à nobreza, porém, naquela época, essa profissão não era como de hoje em dia, pois, naquele tempo, o barbeiro era também dentista e cirurgião.


São Martinho: pela Caridade alcançou a Santidade


Caridade

Martinho, alma extremamente sensível e de profundidade mística, fez de sua profissão um exercício de caridade para com os pobres, principalmente depois que se tornou ajudante de um médico. O Convento

Com a idade de 15 anos, abandonou tudo e foi bater na porta do convento dos dominicanos em Lima. Aqui o espera uma nova humilhação. Foi admitido apenas como terciário e incumbido dos trabalhos mais humildes da comunidade. As suas funções eram as mais humildes, mas a sua vida espiritual, a mais profunda. Por fim, os superiores perceberam o que representava aquela alma para a Ordem e, acolhendo-o como membro efetivo no dia 2 de junho de 1603, admitiram-no então a profissão solene.


Solicitude pelos Irmãos


A sua solicitude pelos irmãos doentes era viva. Encontravam-no junto deles para os aliviar, mesmo, segundo se diz, que a porta estivesse fechada à chave. Considerava-se escravo de todos e de cada um, e se a doença de algum irmão que ele cuidava piorava, o zelo crescia.

Feitos Extraordinários

Quis assim permanecer a escória do convento, mas a sua santidade começou a refulgir para além dos limites do convento, pelos extraordinários carismas com as quais era dotado, como profecias, os êxtases, as bilocações. Embora nunca tenha se distanciado de Lima, foi visto na África, na China e no Japão para confortar missionários em dificuldade. A este humilde irmão leigo recorriam para conselho; teólogos, bispos e autoridades civis, mais de uma vez o próprio vice-rei teve de aguardar diante da sua cela, porque frei Martinho estava em êxtase.


A Fundação do Hospital


Durante uma peste epidêmica, curou os que recorreram a ele, e os seus sessenta confrades curou-os prodigiosamente. Dedicava sua vida literalmente aos pobres: mendigo por amor aos mendigos. Com as esmolas que conseguia, fundou um hospital para os meninos abandonados e jejuava para dar de comer aos pobres. Jejuava todo o ano, quase não comendo senão restos de pão, mas discretamente, a tal ponto que ninguém reparava. Tudo isso era regado pelas orações que fazia durante a noite, assim como Jesus orava (Lucas 6,12).


Assim, sem fazer coisas extraordinárias além da prática de caridade, Martinho chegou a um alto grau de santidade.


Páscoa


Faleceu, santamente, em Lima no dia 3 de novembro de 1639, com sessenta anos de idade e imediatamente foi honrado e venerado como santo. Foi beatificado, em 1837, pelo Papa Gregório XVI; foi canonizado, no dia 6 de maio de 1962, por São João XXIII; e no ano de 1966, o Papa São Paulo VI o proclamou patrono dos barbeiros.


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