Por Roberta Oliveira
"Desocupar o centro do coração e colocar Deus dentro dele". Muitas famílias jejuam durante as sextas-feiras da Quaresma. Mais que uma tradição, é um dos pilares deste período litúrgico, ao lado da penitência e da caridade, e que possui um significado profundo.
Em entrevista ao Jornal Boa Nova, o Padre José Torres, da Paróquia da Glória, em Juiz de Fora refletiu sobre alguns aspectos ligados ao jejum. Ele destacou que vai além da renúncia a algum alimento durante os 40 dias de preparação para a Páscoa. A ação deve ser feita de forma sincera para gerar uma transformação de vida e ajudar a aprofundar a relação com Deus.
"Jejum é renúncia"
Primeiro, Padre José Torres contextualizou o jejum neste período de Quaresma, seguindo o exemplo de Jesus Cristo.
O jejum não precisa ser exclusivamente de alimentação física, especialmente quem tiver necessidades específicas por problemas de saúde. Padre José Torres cita que a Campanha da Fraternidade deste ano pode incentivar outras iniciativas de solidariedade e renúncia em prol de quem precisa.
Sem ostentação e semente do acolhimento ao outro
Padre Torres reforça que o gesto de caridade deve ser sincero e sem ostentação.
Padre Torres destaca o jejum sincero faz as pessoas compreenderem e acolherem o sofrimento alheio.
Compromisso e demonstração de seguir o caminho para o amor de Deus
Por isso, padre José Torres afirma: o jejum é um compromisso pessoal de transformação e não um gesto obrigatório na Quaresma.
Ou seja, mais que uma mudança temporária na alimentação é uma demonstração da caminhada para o amor de Deus, segundo Padre Torres.
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