Por Fabíola Castro

A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, afeta pessoas de todas idades. Mas é preciso ter atenção especial com bebês, crianças, adultos e idosos, que necessitam de ajuda para manterem-se hidratados.
Os sintomas costumam aparecer de 3 a 14 dias após a picada e são muito parecidos com os da gripe. Por isso, identificar os sintomas, em especial em crianças abaixo de 2 anos, requer cuidado e atenção, já que os pequenos têm mais dificuldade em expressar o que sentem. Além disso, crianças costumam ter quadros de febre e viroses com muita frequência, o que pode confundir os responsáveis e até os profissionais de saúde.
Minas Gerais já registrou mais de 327 mil casos prováveis de dengue, segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde. Destes, mais de 114 mil foram confirmados para a doença que preocupa em todas as idades.
Mas, quais os cuidados específicos com crianças e bebês? Sobre isso, conversamos nesta terça-feira (27), no quadro Bendita Saúde com a médica pediatra, Patrícia Brandão.
Confira:
Como a dengue se manifesta nos bebês e nas crianças? São os mesmos sintomas dos adultos?
Bebês e crianças podem ser considerados um grupo de risco?
Os casos de dengue costumam ser mais graves ou mais brandos em crianças?
O uso de repelente é uma das orientações para evitar a picada do mosquito transmissor da dengue. Mesmo bebês podem usar repelente?
O repelente deve ser usado em algum horário específico ou o dia todo?
Para finalizarmos, pode deixar uma orientação aos pais de crianças com dengue ou suspeita da doença?
Crianças devem tomar a vacina da dengue?
Mais um cuidado aliado contra a dengue é a vacina que no Brasil está autorizada para pessoas de 4 a 59 anos completos. Mas, devido à capacidade limitada de produção do fabricante, o Ministério da Saúde e representantes de estados e municípios definiram que, inicialmente, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos são prioridade para vacinação no país. A faixa etária concentra o maior número de hospitalização pela doença. As primeiras doses foram liberadas no início desse mês de fevereiro e estão sendo aplicadas em crianças de 10 e 11 anos. À medida que mais doses forem chegando, a vacinação será estendida para 13 e 14 anos, de acordo com o Ministério.
Mais cuidados: combater o mosquito
Além da vacina e de todos os cuidados para evitar a doença, conter a reprodução do mosquito Aedes aegypti é extremamente importante. Isso eliminando o acúmulo de água parada que é onde ele se reproduz. E a sociedade é parte fundamental nesta ação, já que grande parte dos focos do mosquito estão dentro das casas das pessoas. Dez minutos semanais são suficientes para combater a dengue em casa, olhando, organizando e limpando seus espaços.
Sendo assim, verifique vasos de planta, pneus, garrafas, calhas e todo local que pode se tornar um criadouro do mosquito e livre-se da água parada. Caixas d’água devem estar sempre bem tampadas.
Além disso, reforçando o que orientou a pediatra, na entrevista acima, passar repelente nas crianças, principalmente durante o dia, isso claro, com todos os cuidados que exige. Adultos também devem usar. O uso de telas protetoras nas janelas e mosquiteiros nos berços e camas também ajuda na prevenção da dengue.
Importante também
Receba os agentes de endemias em sua casa. Denuncie para as autoridades competentes, os locais que possam ser focos do mosquito.
*Com informações de gov.br/saude.
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