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Álcool líquido 70% e o risco de queimaduras graves. Venda do produto está proibida

Por Fabíola Castro*

*Foto: Agência Gov.

O álcool líquido 70% foi grande aliado durante a pandemia da Covid-19, mas agora tem novamente a sua venda proibida. O seu uso pode aumentar o risco de queimaduras, principalmente com acidentes domésticos. Acidentes com queimaduras por álcool líquido fazem milhares de vítimas a cada ano no Brasil.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, são registradas cerca de 150 mil internações por ano, em decorrência de queimaduras. Com base em levantamentos e consultas com participação da sociedade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explica que, em geral, a situação mais perigosa envolvendo queimaduras está relacionada ao uso do álcool no momento em que as pessoas acendem churrasqueiras e fogueiras.

 

A venda de álcool líquido com teor 70% em supermercados já não pode mais ocorrer desde o dia 30 de abril. A comercialização deste produto está vedada no país desde 2002, por norma daquele ano, posteriormente consolidada na atual Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 691/2022 devido aos riscos maiores de acidentes com queimaduras provocadas pelo produto.

 

Entretanto, durante a pandemia de Covid-19, em razão da necessidade de maior oferta de produtos desinfetantes e da ausência de uma importante matéria-prima usada na fabricação das versões em gel, a venda da versão líquida voltou a ser permitida de forma excepcional e temporária pela RDC 766 de 2022.

 

A resolução já previa o fim da liberação excepcional do álcool líquido 70% após 31 de dezembro de 2023. A norma estabeleceu, ainda, que para fins de esgotamento do estoque, seria permitida a comercialização das embalagens já produzidas do álcool líquido 70% por até 120 dias depois do fim de vigência da resolução, prazo este que terminou em 29 de abril.

 

O risco do uso de álcool líquido 70% está relacionado aos acidentes com queimaduras, pois a forma líquida pode se espalhar antes e durante a combustão, o que não ocorre com o álcool na forma de gel.

 

Assim, quando há acidente com o álcool na forma física líquida, a extensão e o dano à pele são grandes, sendo a reparação da pele queimada um procedimento complexo.

 

O assessor de comunicação social do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, Tenente da Silva alerta para os tipos de acidentes mais comuns no uso do álcool líquido e quais cuidados devem ser tomados.

 


 

O álcool líquido é muito eficaz na limpeza de ambientes e na proteção contra doenças, foi muito importante como prevenção ao vírus da Covid, mas ao mesmo tempo, tem alto risco para acidentes com queimaduras e que podem ser muito graves. Por isso, todo cuidado é pouco.

 

Apesar da proibição da venda do produto, continua autorizada a comercialização do álcool etílico líquido abaixo de 70% ou seja, abaixo de 54 GL (graus Gay Lussac) e, seguem ainda permitidos no mercado o álcool etílico 70% em outras formas físicas, como gel, lenço impregnado e aerossol.



 

Para limpeza em superfícies domésticas há no mercado diversas outras opções de produtos, como os desinfetantes. Como destacou o Tenente dos Bombeiros para higienização das mãos a melhor opção é lavá-las com água e sabão, não sendo possível, pode-se utilizar o álcool gel, principalmente quando fora de casa. Acho que todos criamos esse hábito de ter sempre um frasco de álcool na bolsa.

 

Quanto à proibição da venda do álcool líquido 70%, a fiscalização de vigilância sanitária é compartilhada entre estados, municípios e União. No caso do comércio local essa fiscalização é de responsabilidade das autoridades locais. Já a Anvisa atua principalmente no monitoramento do comércio digital.

 

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*Com informações do site agenciagov.ebc.com.br.

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