Polícia Civil indicia motorista por acidente que causou quatro mortes na BR-040
- Silvia Carvalho
- há 28 minutos
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Por Rádio Catedral

A Polícia Civil de Juiz de Fora indiciou por homicídio e outros crimes o motorista de um ônibus interestadual que causou um acidente que matou quatro pessoas na BR-040 no mês passado.
Na conclusão do inquérito, a equipe da 3ª Delegacia indiciou o homem de 51 anos por quatro homicídios e por lesões corporais culposas no acidente no dia 5 de setembro, próximo ao Distrito Industrial.
No trabalho coordenado pelo delegado Daniel Buchmuller, ficou comprovado que o homem dormiu ao volante e isso causou a batida. As imagens das câmeras internas e externas do veículo mostram o investigado sonolento durante grande parte do trajeto, bocejando e cerrando os olhos por diversas vezes.
As imagens externas, apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal logo após o acidente, mostram que o veículo se desloca para a direita, em velocidade compatível com a via, até colidir com o ônibus da linha Toledos que estava corretamente estacionado em um ponto para embarque e desembarque. Testemunhas que viajavam no ônibus interestadual confirmaram que perceberam o momento em que o veículo desviou repentinamente para a lateral da pista.
O delegado explicou que juridicamente a empresa não pode ser responsabilizada porque foi uma conduta humana. Esta era a primeira viagem do motorista após as férias, não demonstrando sobrecarga de trabalho.
De acordo com o delegado Daniel Buchmuller, também foi solicitada a suspensão cautelar da Nacional de Habilitação (CNH) do suspeito. Ele tem sete registros de infrações de trânsito em MG. Em outras duas houve mortes: uma em 2010, sem indiciamento, e outra em 2021, quando teria invadido a contramão e colidido com uma motocicleta, levando o piloto a óbito.
As vítimas de lesões corporais que ainda não formalizaram representação criminal podem procurar a Polícia Civil, munidas de documentação, para assegurar o prosseguimento dos trâmites legais e buscar reparações na esfera cível. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais para as providências cabíveis.