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Polícia Civil indicia servidores da UFJF por assédio sexual contra funcionárias terceirizadas

Por Rádio Catedral


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apurou um suposto caso de assédio sexual ocorrido na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).


Segundo a delegada responsável pelo caso, Alessandra Azalim, que responde pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, os dois investigados envolvidos foram indiciados e o caso foi remetido para a Justiça. Entre os crimes cometidos estão assédio sexual, importunação e estupro.


A denúncia, feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana (Sinteac) em julho, dava conta de que oito mulheres de uma empresa terceirizada, que prestam serviços para a instituição, teriam sido vítimas de abuso por dois funcionários públicos.


Em nota também publicada nesta quarta-feira, a UFJF informou que o processo interno contra os mesmos servidores está na reta final.



Sinteac comemora indiciamento de acusados


Os casos de crimes sexuais foram divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana (Sinteac). O assessor do sindicato, Andre Cândido Cunha, comemorou a decisão da Polícia Civil.



Posicionamento da UFJF


No dia seguinte à publicização da denúncia pelo sindicato, em julho, a UFJF informou que o primeiro caso de assédio sexual havia sido denunciado em maio e que um mês depois, os servidores acusados foram afastados. Inicialmente, as vítimas foram orientadas para que registrassem boletins de ocorrência junto à Polícia Civil e buscassem serviços de saúde para atendimento e acompanhamento, segundo a Universidade. Duas semanas depois da denúncia, um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado.


No mês passado, no entanto, os servidores acusados retornaram ao trabalho. Na ocasião, a UFJF informou que as funcionárias, vítimas de assédio, foram transferidas de setor e que não estariam na mesma unidade que os dois homens. A Universidade ainda destacou que não havia mais amparo legal para o afastamento preventivo a que os servidores estavam sujeitos, visto que ele possuía caráter cautelar, para que os suspeitos não atrapalhassem a apuração das supostas irregularidades.


Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (26), após a conclusão do inquérito pela Polícia Civil, a UFJF esclareceu que, dentro do PAD, os servidores indiciados já apresentaram defesa escrita, que se encontra em fase de análise pela Comissão Processante. Na próxima semana, a Comissão apresentará o seu Relatório Conclusivo, que será encaminhado à Procuradoria Federal para parecer jurídico sobre a regularidade dos trâmites processuais. Depois, o documento será enviado ao Reitor para decisão.


Na nota, a Universidade reiterou que o inquérito policial ou eventual processo judicial correrá em suas instâncias competentes, não havendo relação direta com o Processo Administrativo Disciplinar, a não ser a colaboração sobre as provas colhidas. Além disso, a UFJF informou que as vítimas continuam sendo acompanhadas e orientadas, de acordo com suas demandas individuais, pela Ouvidoria Especializada da instituição.


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