Por Fabíola Castro
Uma estrada chamada “Caminho Novo” construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro daria origem à cidade de Juiz de Fora. Da ocupação da região foi surgindo um povoado que seria elevado à categoria de município, quando desmembrado de Barbacena, isso em 31 de maio de 1850. E nessa mesma data, Juiz de Fora celebra em 2023, 173 anos de sua criação.
Bem próximo da data de seu aniversário, em 13 de junho, a cidade celebra também o seu padroeiro Santo Antônio quando é feriado municipal.
O historiador Roberto Dilly, fala sobre esse início da cidade de Juiz de Fora.
Juiz de Fora, mas o porquê desse nome? O historiador explica.
Nesta cidade despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando-a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado, estando no pioneirismo, como relata Roberto Dilly.
Juiz de Fora, segundo Roberto Dilly, contribuiu muito para o estado de Minas Gerais.
Uma cidade protagonista também no cenário político, conforme o historiador Roberto Dilly, prova recente disso, é que Juiz de Fora esteve na rota da campanha política de dois candidatos à Presidência da República, mas fato comum em sua história.
Além disso, segundo Roberto Dilly, Juiz de Fora deu grandes contribuições ao cenário político do país.
O historiador recorda ainda a memória viva da história política da cidade.
Juiz de Fora tem atualmente mais de meio milhão de habitantes, segundo o IBGE. É a quarta cidade mais populosa de Minas Gerais e um município acolhedor que recebe pessoas de tantas outras cidades menores, para trabalho, saúde, e porque não, de outros estados para estudos, formando assim profissionais para todo país.
Santo Antônio é o padroeiro de Juiz de Fora*
De acordo com o documento produzido em homenagem ao Jubileu Áureo da Arquidiocese, “Juiz de Fora: Nossa História é de fé, Nossa Igreja tem arte”, a devoção da cidade a Santo Antônio surgiu bem antes de sua emancipação política, quando Juiz de Fora era apenas uma vila. A devoção teria sido trazida pelos portugueses.
Relatos históricos narram que o fazendeiro Antônio Vidal deu exemplo dessa devoção, em 1741, quando decidiu pedir licença para construir uma capela com a invocação do santo. Por ter seu nome homônimo ao de Santo Antônio, acredita-se que essa atitude foi uma homenagem ao santo, o que remete a uma “hereditariedade” da fé.
“O arraial de Santo Antônio do Paraibuna se formou não só a partir da movimentação proveniente do Caminho Novo, mas também em virtude das manifestações de religiosidade das pessoas que sentiram a necessidade de construção de uma capela”, diz o documento.
Em 1850, a então Vila de Santo Antônio do Paraibuna de Juiz de Fora teve sua capela de Santo Antônio elevada à categoria de paróquia, a qual se tornou a matriz, no mesmo local onde se encontra hoje, como a Catedral Metropolitana de Juiz de Fora.
*Fonte: Site Catedral Metropolitana de Juiz de Fora.
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