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  • Foto do escritorRadio Catedral

22 de outubro: Igreja celebra São João Paulo II, o Papa da Paz

Por Fabíola Castro*


Neste domingo, 22 de outubro, a Igreja celebra São João Paulo II.


Karol Józef Wojtyła nasceu em Wadowice, Polônia, em 1920. Caçula dos três filhos de Karol Wojtyła, e Emilia Kaczorowska. O luto marcou sua primeira fase da vida, aos 8 anos sua mãe faleceu, pouco tempo depois perdeu seu irmão. Sua irmã mais velha já havia falecido quando Karol nasceu.


No ano de 1938 junto com seu pai, se mudaram para Cracóvia e lá ele começou os estudos na Universidade Jagelônica. Com a invasão alemã da Polônia a universidade foi fechada e o jovem Karol começou a trabalhar para poder sobreviver e evitar a deportação para a Alemanha.


Seu pai morreu em 1941. Como único sobrevivente de sua família, ele começa a considerar a sua vocação ao sacerdócio. Em 1942, frequentou os cursos de formação, no Seminário clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo Adam Stefan. Em 1946 foi ordenado sacerdote.


Em 13 de janeiro de 1964, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia, pelo Papa Paulo VI, que também o criou Cardeal, três anos depois. Ele escolheu como lema episcopal “Totus tuus”, “Todo Teu”, tirado de São Luís Maria de Montfort, pois Maria Santíssima era sua auxiliadora na missão de seu filho Jesus. Participou do Concílio Vaticano II, durante o qual deu uma importante contribuição para na elaboração da Constituição Gaudium et spes.


Com a morte de João Paulo I, Karol Wojtyła foi eleito Papa, em 16 de outubro de 1978. O primeiro Papa não italiano, após 455 anos - desde Adriano VI -, o primeiro polonês da história e também o primeiro Pontífice de um país de língua eslava.


Logo após o anúncio de sua eleição como Papa, ele apareceu na janela da Basílica de São Pedro e disse a frase que marcou o início de seu pontificado: “Não tenhais medo! Abri, ou melhor, escancarai as portas a Cristo!”, com a qual tocou o coração dos cristãos de todo o mundo.


Seu Pontificado foi marcado por recordes, foram 104 Viagens Apostólicas pelo mundo, João Paulo II trabalhou para construir diálogos entre as diferentes nações e religiões, em nome do Ecumenismo, que guiou seu Pontificado.


Promulgou Códigos de Direito Canônico para as Igrejas latinas e orientais, e o Catecismo da Igreja Católica. Propôs momentos de intensidade espiritual: convocou o Ano da Redenção, o Ano Mariano, o Ano da Eucaristia, como também o Grande Jubileu de 2000. Criou a Jornada Mundial da Juventude.


Em 13 de maio de 1981, João Paulo II sofreu um grave atentado na Praça São Pedro, ele foi alvejado com um tiro. Depois de uma longa hospitalização, visitou o terrorista na penitenciária, o turco Ali Agca, e o perdoou. Em sinal de agradecimento à Mãe de Deus, que o salvou com a sua mão materna, o Papa pediu para colocar a bala que o atingiu, na coroa de Nossa Senhora de Fátima, pois o atentado ocorreu no seu dia litúrgico.


Ao longo do pontificado, o Papa João Paulo II também assinou vários documentos, que, fizeram parte do Magistério da Igreja: 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas. Destaca-se também a Constituição Apostólica Pastor Bonus, de 1988, com a qual organizou a Cúria Romana e as funções dos vários Dicastérios.


O Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira reforça esse legado deixado pelo Papa São João Paulo II.


São João Paulo II, lembra Dom Gil, foi o Papa da Paz, uma súplica tão importante nesse momento conturbado e de tantas guerras pelo mundo.


Juiz de Fora tem a primeira Paróquia do Brasil dedicada a São João Paulo II dedicação que aconteceu, de acordo com Dom Gil, quando ele ainda era Beato.


Dom Gil pede a todos que participem das celebrações suplicando a intercessão de São João Paulo II pela paz.


Nos últimos anos de vida, São João Paulo II lutou bravamente contra a doença de Parkinson. Entrou para eternidade no dia 2 de abril de 2005. Seu funeral reuniu uma multidão de fiéis em Roma e mais de 200 representantes de governos. No seu funeral, era declarado pelas multidões “Santo Súbito!” (santo imediatamente).


Vinte e seis anos, ele teve o terceiro maior Pontificado da História da Igreja. Duas décadas e meia que revolucionaram a sociedade contemporânea no campo político, social e humanitário. Ficou conhecido carinhosamente como “peregrino do amor”, em alusão às suas constantes visitas papais: foram 129 países em que o papa polonês repetia o gesto que se tornou símbolo da sua presença: beijar o chão de cada novo lugar que visitava logo depois de descer do avião.


1 foto: Papa João Paulo II beija o chão ao chegar na Nova Zelândia, em novembro de 1986. (Imagem da Web)

2 foto: Papa João Paulo II beijando o chão ao chegar no Brasil (imagem da web)


O Brasil recebeu São João Paulo II em três visitas apostólicas, que ocorreram em 1980, 1991 e 1997. Saiba mais aqui.



Confira também:


*Com informações de A12 Santo do dia.

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