No mês das vocações, Jornal Boa Nova exibe a primeira reportagem da série sobre o Arcebispo de Mariana que responsável pela criação da Diocese de Juiz de Fora.
Por Roberta Oliveira
O primeiro fim de semana de agosto é marcado pela comemoração da vocação sacerdotal. Por isso, é a data perfeita para o Jornal Boa Nova contar a história de um menino negro, pobre, nascido em meados do século XIX e que foi chamado por Deus a fazer a diferença na Igreja Católica no início do século XX.
Ele se chamava Silvério Gomes Pimenta. Mas nós o conhecemos como Dom Silvério, arcebispo de Mariana. E que foi o idealizador da Diocese de Juiz de Fora, que iremos festejar o centenário de criação em fevereiro de 2024.
Por isso, conversamos com o Vigário Paroquial da Paróquia Santa Rita, Padre João Francisco Batista da Silva, que produziu dissertação de mestrado sobre a ação pastoral de Dom Silvério na Diocese de Mariana.
Esforço e sacrifício de Dom Silvério deram resultado
A primeira coisa que Padre João Francisco nos explica é o contexto em que a vocação se manifestou na vida do menino nascido em 1840 em Congonhas: por meio da educação.
Ainda estudante, Dom Silvério perdeu o pai. Para se manter na escola, precisava trabalhar. junto com o esforço, que permaneceu mesmo depois que ele entrou para o seminário, compartilhar o conhecimento passou a fazer parte da vida dele, como conta Padre João Francisco.
O trabalho era simples, porém, pesado. Para dar conta de tantas coisas e não descuidar do próprio aprendizado, Padre João Francisco relata que Dom Silvério tinha uma estratégia.
A força de uma vocação inegável
O esforço para estudar e a disciplina com todas as tarefas no seminário comprovavam que Dom Silvério não hesitaria diante do chamado que recebeu. E isso foi reconhecido por Dom Viçoso, padrinho de Crisma dele, que o aceitou no seminário e que o ordenou sacerdote, como analisa Padre João Francisco.
De acordo com Padre João Francisco, o conhecimento do então Padre Silvério pode ter surpreendido inclusive o Papa Pio Nono e cardeais no Vaticano.
Como vocês ouviram, a educação foi a ponte para Deus chamar Dom Silvério. Depois de se tornar sacerdote, ele assumiu várias funções na ainda Diocese de Mariana até suceder Dom Antônio Correia de Sá e Benevides no bispado.
Ou seja, ainda tem muita história sobre o religioso que plantou as sementes da Diocese de Juiz de Fora. Ainda neste mês, teremos a sequência da entrevista com Padre João Francisco Batista sobre o bispo que viajava por Minas Gerais nas costas de um burrinho, que entendeu que as comunidades precisavam de padres próximos a elas e também se tornou notório pelo dom com a palavra escrita e a Palavra de Deus.
Por isso, aguardem o próximo capítulo no site da Rádio Catedral e continuem ligados no Jornal Boa Nova.
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