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São Maximiliano Maria Kolbe: consagrado à Imaculada, missionário da mídia e mártir do amor

  • Foto do escritor: Radio Catedral
    Radio Catedral
  • 14 de ago.
  • 4 min de leitura

Por Rádio Catedral com informações da Minha Biblioteca Católica, Vatican News e Kolbe Arte


Arte: Minha Biblioteca Católica
Arte: Minha Biblioteca Católica

Nesta quinta-feira (14), a Igreja Católica faz memória de São Maximiliano Maria Kolbe, patrono da imprensa, do rádio, dos eletricistas, dos dependentes químicos e das famílias.


Ele nasceu na Polônia, em janeiro de 1894. Sentiu o chamado e se uniu à família franciscana, onde se tornou frei missionário. Durante a 2ª Guerra Mundial, ele acolheu, consolou e cuidou de vários refugiados. Até que foi preso pelos nazistas e levado para o campo de concentração de Auschwitz.


Ele se ofereceu voluntariamente substituir a outro preso, um pai de família, em uma pena de morte por inanição como castigo pela fuga de um encarcerado. Os dez os condenados ficaram presos em uma cela subterrânea para morrerem de fome. Frei Maximiliano s conduziu os prisioneiros em orações e cânticos, e os consolou um a um na hora da morte. Depois de dez dias, em 14 de agosto de 1941, ele ainda estava vivo. Por isso, foi morto com uma injeção letal.


Franciszek Gajowniczek, o pai de família poupado pelo heroísmo e caridade de Frei Maximiliano, sobreviveu aos horrores do campo de concentração e esteve presente em 1982, junto ao Papa São João Paulo II, na cerimônia de canonização do santo.


O testemunho do mártir é o tema da animação "Maximiliano Kolbe e Eu", que está disponível online em várias plataformas: Lumine.TV; Claro TV+; Prime Video; Apple TV; YouTube Filmes; Vivo Play.


Imita o que vês de bom nos outros”. A frase de São Maximiliano Maria Kolbe é o tema do editorial com Padre Erélis


Os primeiros anos de vida


Maximiliano Kolbe nasceu em 7 de janeiro de 1894, em Zduńska-Wola, na região polonesa controlada pela Rússia. Seu pai, tecelão, e sua mãe, parteira, eram cristãos fervorosos: no Batismo, escolheram para ele o nome de Raimundo.


Frequentou a escola dos franciscanos em Leópolis. Em 1910, entrou para a Ordem dos Frades Menores Conventuais, onde recebeu o nome de Maximiliano; sendo enviado primeiro a Cracóvia e, depois, para Roma, onde permaneceu seis anos, estudou Filosofia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e Teologia no Colégio Seráfico. Foi ordenado sacerdote em 28 de abril de 1918.


A Milícia da Imaculada

Em Roma, enquanto jogava bola em um campo ao aberto, Maximiliano começou a cuspir sangue: era tuberculose, uma doença que o acompanhou pelo resto da sua vida.

Com a autorização dos Superiores, fundou a "Milícia da Imaculada", uma Associação religiosa, cujo objetivo era a conversão de todos os homens, por meio de Maria.


Ao regressar a Cracóvia, na Polônia, não obstante tenha se formado com notas altas, não pôde lecionar o pregar, por causa do seu estado de saúde, pois não podia falar muito. Ainda com a permissão dos Superiores, dedicou-se à promoção da "Milícia da Imaculada", contando com numerosas adesões entre professores e estudantes da Universidade, profissionais e camponeses, e até com religiosos da sua própria Ordem.


Sucesso da revista "O Cavaleiro da Imaculada"

Durante o Natal de 1921, Padre Maximiliano Kolbe fundou, em Cracóvia, uma revista de poucas páginas intitulada "O Cavaleiro da Imaculada", para difundir o espírito da "Milícia".

Tendo-se transferido para Grodno, a 600 quilômetros de Cracóvia, criou uma pequena tipografia para imprimir a revista, com máquinas antigas. Com esta iniciativa conseguiu atrair muitos jovens, desejosos de compartilhar do estilo de vida franciscano inspirado em Maria. A revista propagou-se cada vez mais.


Em Varsóvia, graças à doação de um terreno pelo Conde Lubecki, Maximiliano fundou "Niepokalanów", "Cidade de Maria". O centro desenvolveu-se rapidamente: das primeiras cabanas, passou-se a construções verdadeiras; a antiga impressora foi substituída por novas técnicas de redação e imprensa.


Em pouco tempo, "O Cavaleiro da Imaculada" atingiu rapidamente uma tiragem de milhões de cópias, enquanto eram criados outros sete periódicos.


A “Cidade de Maria” na Polônia e no Japão

Com o ardente desejo de expandir seu Movimento mariano para além das fronteiras da Polônia, Maximiliano Kolbe partiu para o Japão, onde fundou a "Cidade de Maria" em Nagasaki. Ali, após a explosão da primeira bomba atômica, os órfãos de Nagasaki encontraram abrigo.


Padre Maximiliano colaborou com judeus, protestantes e budistas, certo de que Deus lança a semente da verdade em todas as religiões.


Enfim, abriu ainda uma Casa em Ernakulam, no litoral oeste da Índia.


Para se tratar da tuberculose, voltou para a sua “Niepokalanów”, na Polônia.


Niepokalanów, abrigo para refugiados e judeus

Após a invasão da Polônia, em 1° de setembro de 1939, os nazistas mandaram destruir a Niepokalanów. Os religiosos foram obrigados a deixar o centro. A eles o Padre Kolbe recomendou apenas uma coisa: "Não se esqueçam do amor".


Ali permaneceram cerca de quarenta Frades, que transformaram a “Cidade de Maria” em lugar de acolhida para feridos, doentes e refugiados.


Em 19 de setembro de 1939, os alemães prenderam o Padre Maximiliano Kolbe e os outros frades e os levaram para o Campo de Extermínio, de onde foram, inesperadamente, libertados no dia 8 de dezembro. Assim, retornaram para a Niepokalanów e retomaram sua atividade de assistência de cerca de 3500 refugiados, dos quais 1500 judeus.


No entanto, depois de alguns meses, os refugiados foram expulsos ou presos. Por sua vez, o Padre Kolbe, ao recusar a naturalização alemã, para se salvar, foi preso em 17 de fevereiro de 1941, junto com quatro frades. Ao ser maltratado pelos guardas da prisão, foi obrigado a usar um hábito civil, porque o saio franciscano "perturbava" os nazistas.


Em 28 de maio, Padre Kolbe foi deportado para o Campo de extermínio de Auschwitz. Com o número 16670, foi colocado junto com os judeus, por ser sacerdote, onde foi obrigado a trabalhos forçados, como o transporte de cadáveres para os fornos crematórios.


Vida e testemunho em Auschwitz

Sua dignidade de sacerdote encorajava os outros prisioneiros. Uma testemunha recorda: "Kolbe era um príncipe para nós".


No final de julho, o Padre foi transferido para o Bloco 14, onde os prisioneiros trabalhavam na lavoura. Mas, um deles conseguiu fugir escapar. Por isso, os nazistas pegaram dez prisioneiros para morrer no “lager”. Padre Kolbe ofereceu-se para morrer no lugar de um dos "escolhidos", pai de família e companheiro de prisão. O desespero dos condenados transformou-se em oração comum, guiada pelo sacerdote.


Após 14 dias, apenas quatro ficaram vivos, inclusive o Padre Maximiliano. Então, os guardas decidiram abreviar sua agonia com uma injeção letal de ácido fênico. Padre Maximiliano Kolbe estendeu seu braço, recitando a "Ave Maria"! Estas foram suas últimas palavras. Era o dia 14 de agosto de 1941.

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