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Setembro Amarelo: você não está sozinho

Atualizado: 10 de set. de 2021

Por Fabíola Castro

*Foto: Site Hospital do Coração MS.

No Brasil, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, realiza nacionalmente o Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao Suicídio. O dia 10 deste mês, que será lembrado amanhã, sexta-feira, é oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS). As duas celebrações buscam promover a vida. A campanha é intensificada em setembro, mas é uma discussão que deve acontecer o ano todo.


Segundo informações do site oficial “Setembro Amarelo”, são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.


A OMS estima que, a cada 40 segundos, uma pessoa tenta autoextermínio no mundo e há indicações de que, para cada adulto que morreu por suicídio, pode ter havido mais de outras 20 tentativas. É importante sempre dizer que essas são situações preveníveis e, para isso, é necessário ter uma rede de apoio à saúde para acolher essas pessoas.


A Gerente do Departamento de Saúde Mental, da Subsecretaria de Atenção à Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, Rosane Jacques Rodrigues, fala sobre a importância da discussão desse tema, da prevenção, da instituição de políticas públicas e oferecimento de escuta, ajuda e atendimento. Confira:


Nesta sexta-feira, 10 de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, neste mês do Setembro Amarelo, que é todo dedicado a essa conscientização e à valorização da vida?


É importante que se tenham campanhas e atividades que levem as pessoas a falarem sem medo sobre o assunto?


Como se pode perceber, observar sinais de que uma pessoa precisa de ajuda, de algum auxílio, falando de sua saúde mental ou de situações da vida cotidiana?


É preciso também aliar campanhas, a conscientização, com a oportunidade de atendimentos eficazes, de escutas efetivas?


Em Juiz de Fora, como funcionam os atendimentos relacionados à saúde mental?


Para esse 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, alguma atividade está agendada como forma de reflexão em Juiz de Fora?


Como destacou a Gerente do Departamento de Saúde Mental de Juiz de Fora, Rosane Rodrigues, em Juiz de Fora há uma Rede de Atenção Psicossocial ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), os usuários são acolhidos por uma equipe multiprofissional e, a partir de sua escuta atenta, é realizado um Projeto Terapêutico. Há atendimentos médico, psicológico, de enfermagem, de serviço social, além de oficina terapêutica, grupos, atenção diária.


Rosane comentou também da live que será realizada nesta sexta-feira (10), às 15h, pelo CAPS Infantojuvenil que tem o tema "Saúde Mental e Adolescência: precisamos falar sobre a Vida!", com transmissão pelo Facebook da Prefeitura de Juiz de Fora. O evento virtual tem como objetivo conscientizar pessoas e famílias que estejam passando por algum problema a buscarem ajuda especializada. A transmissão ainda contará com o RAP que os adolescentes da Oficina "Ponto Nerd", do CAPS I, escreveram.


Existe também um serviço chamado CVV – Centro de Valorização da Vida que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. O site é o www.cvv.org.br e tem todas as informações. O telefone é o 188.


E de fato, nós precisamos falar sobre esse assunto do suicídio, mas precisamos mais ainda falar sobre a importância e o valor da vida de cada pessoa! E tantas vezes, sabemos que as palavras podem se fazer desnecessárias, se você estiver ali do lado, se você for presença, se simplesmente estender a mão para que o outro entenda que não está sozinho e que tem sempre onde se apoiar. E daí para frente, buscar as ajudas especializadas, se for preciso! Toda vida importa!



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