No contexto do Mês Vocacional, estamos celebrando a Semana Nacional da Família. Em plena consonância com o Ano Vocacional, a CNBB nos indica o lema: “Família, fonte de vocações”. É tempo de renovar esforços para defender a verdade moral sobre a família como a união do homem e da mulher para, no amor, gerarem filhos e os educarem para Deus e para o próximo.
No corrente ano, a CNBB, por meio de sua Comissão para a Vida e a Família, se mostra mais uma vez preocupada com certos projetos políticos que pretendem, equivocadamente, impor leis abortistas no país. Assomem-se também incompreensíveis projetos de legalização do uso da maconha.
Toda a Igreja se une para defender a vida desde a fecundação até o seu fim natural, a defesa de valores inalienáveis do núcleo familiar. Aqui não estamos tratando de opiniões predominantes em partidos políticos e nem de ideologias, mas sim no direito à vida, à proteção da dignidade humana e garantir a paz em família.
Quem não percebe que matar inocentes é um crime? Quem não conhece alguma família lutando seriamente para tirar filhos das drogas? Quem nunca ouviu falar de pais e mães, ou famílias inteiras, destruídas por dependência química de algum de seus membros?
Erro é erro, crime é crime, independente de posições partidaristas. Erros e crimes não podem se transformar em leis, pois seria um contrassenso e grave agressão aos direitos da pessoa humana. Não há argumentos sérios que possam justificar tais legalizações.
A partir do trecho do evangelho de Mateus lido no segundo domingo de agosto, que apresenta a tempestade acalmada por Jesus (Mt 4,22-33), não tenhamos medo de enfrentar as tempestades, as escuridões e nem os terremotos do mundo de hoje com suas contradições. Obstáculos para o bem sempre existirão. Cristo não é um fantasma. É o nosso Salvador. Quando entra em nossa barca, nos dá segurança e os ventos se acalmam. Não tenhamos medo, mas tenhamos fé, pois foi esta a palavra de Jesus para Pedro e para todos nós.
A Semana Nacional da Família foi fundada com o objetivo de propor os valores naturais a serem defendidos, difundidos e acolhidos. A família é feliz não quando lhe sejam ausentes problemas a serem resolvidos, mas quando encontram forças para vencê-los, movidas pela fé inabalável em Deus que está acima de quaisquer limites.
Dom Gil Antônio Moreira Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora
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