Por Roberta Oliveira
Nesta sexta-feira, 23 de setembro, a Igreja Católica faz memória de São Pio de Pietrelcina, chamado de Padre Pio ou São Padre Pio pelos devotos. O frade capucinho italiano viveu 81 anos e norteou a vida presbiteral pela salvação e conversão das almas: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”.
Em Juiz de Fora, duas paróquias celebram o São Padre Pio, que foi beatificado em 2 de maio de 1999 e canonizado no dia 16 de junho de 2002 pelo Papa João Paulo II.
Na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, o pároco Marcelo Magalhães celebra missa festiva às 19h na Matriz, na Rua Santos Dumont, 215, no Granbery.
Na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, estão previstas Oração do Rosário, às 16h, e celebração festiva, às 19h. A Matriz fica Rua Doutor Alberto Vieira Lima, 50 – Bairro Bairu.
A Rádio Catedral conversou com o pároco Padre Renato Alves Rodrigues, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus sobre o exemplo de São Padre Pio para os católicos.
Exemplo de santidade atual
Francesco Forgione era devoto de Nossa Senhora e de Jesus, se tornou amigo do Anjo da Guarda. Adotou o nome de Frei Pio ao entrar na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone. Passou a maior parte da vida no convento de São Giovanni Rotondo. O pároco Padre Renato Alves Rodrigues destacou que São Padre Pio viveu no século XX.
Compassivo, humilde, piedoso e dedicado à Confissão e à Eucaristia: Padre Renato comentou os exemplos que São Padre Pio deixa aos devotos católicos.
A celebração do dia do padroeiro começou com missa na capela paroquial, porque São padre Pio é o padroeiro da casa paroquial da Paróquia. Padre Renato deixa um convite e uma bênção especial no dia de São Pio de Pietrelcina.
História de São Pio de Pietrelcina*
Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria, muitas vezes, para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. Conta a história que ele recomendava, muitas vezes, para as pessoas recorrerem ao seu Anjo da Guarda, estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário. Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio”; e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte. Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava, por meio desse sacramento, aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba azul”. Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação desse hospital se deu a 5 de maio de 1956. Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, em que entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam. Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual, com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo dela a ponte de ligação entre a terra e o céu. De 1918 a 1968, ano de sua morte, os estigmas o fizeram sofrer muito. Tudo suportava pela salvação das almas. Unia suas dores às de Jesus na cruz, por amor. Sofreu insultos, calúnias, foi investigado, até proibido de celebrar Missas para os fiéis. Os médicos realizaram exames em suas chagas e disseram que se tratava de algo sobrenatural. Padre Pio buscava no seu apostolado da cruz de Nosso Senhor toda a força e a sabedoria para viver a sua missão. Desde o início, compreendeu o seu caminho de cruz e o aceitou imediatamente como vontade de Deus. Por amor, levou sua cruz ao longo de sua vida. Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999, pelo Papa João Paulo II, e canonizado no dia 16 de junho de 2002, também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”. *Fonte: Site Canção Nova
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