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São Vicente de Paulo: dia de questionar como anda a nossa caridade com os pobres, destaca Dom Gil

Por Roberta Oliveira e Fabíola Castro


Nesta terça-feira, 27 de setembro, é o dia de São Vicente de Paulo. O sacerdote francês viveu entre os séculos 16 e 17, dedicando o ministério aos pobres e necessitados, tanto materialmente quanto espiritualmente.


O Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, falou sobre a história e o exemplo do santo que se tornou conhecido como o "pai dos pobres" e o Patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica.


Há celebrações previstas no Conselho Central Diocesano e nas igrejas nos bairros Borboleta e Nova Era em Juiz de Fora. Na Arquidiocese há programação em Coronel Pacheco, em Lima Duarte e em Santana do Deserto.




Dom Gil fala sobre o exemplo e o legado de São Vicente de Paulo


Vicente de Paulo nasceu em 1581 e morreu em 27 de setembro de 1660, aos 84 anos com 60 de sacerdócio. Foi canonizado em 1737, pelo papa Clemente XII. Deixou o legado de diferentes obras que trabalham seguindo “o espírito de Nosso Senhor”, com as cinco virtudes fundamentais: simplicidade, mansidão em relação ao próximo, humildade, mortificação e zelo.


O Arcebispo Dom Gil Antônio Moreira, que é vicentino, conta um pouco da história de São Vicente de Paulo.


Dom Gil Antônio Moreira destacou as obras que são o legado de São Vicente de Paulo para a Igreja e também exorta os católicos a refletirem sobre como seguir os passos dele.


SSVP comemora 150 anos no Brasil



Em Juiz de Fora, o Conselho Central Diocesano (CCD) vem realizando uma programação especial. Nesta segunda-feira, dia 26, a missa foi celebrada por Dom Gil Antônio Moreira, que destacou que 2022 é um ano especial para a Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) no país.


Dom Gil Antônio Moreira foi um dos três bispos entre os cem homenageados agraciados com a medalha comemorativa dos 150 anos de atuação da Sociedade de São Vicente de Paulo no Brasil. A vice-presidente do Conselho Nacional, Elisabete Maria Castro, falou sobre este reconhecimento a vicentinos e vicentinas do país.


João Flaviano Domingos, presidente do Conselho Central Diocesano de Juiz de Fora, comenta a programação em homenagem ao patrono hoje na Igreja São Vicente de Paulo, na Rua São Sebastião, 412, no Centro


Caridade como sentido de vida


Ao longo da vida e do ministério presbiteral, São Vicente de Paulo colocou em prática a caridade com o próximo. No editorial do Jornal Boa Nova desta terça-feira, 27, Padre Camilo reflete sobre como a solidariedade e preocupação genuínas com quem precisa nos fortalece como cidadãos e como seres humanos.



Programação em homenagem a São Vicente de Paulo


Coronel Pacheco


Paróquia São Vicente de Paulo: Praça Carlos Chagas, s/nº, Centro


Dia 27 de setembro – Terça-feira – Dia de São Vicente de Paulo 18h – Solene Celebração Eucarística e procissão em honra a São Vicente de Paulo *Gesto concreto: fralda geriátrica. **Após a celebração, haverá quermesse no adro da Matriz.


Dia 28 de setembro – Quarta-feira 19h – Terço e Missa *Gesto concreto: shampoo.


Dia 29 de setembro – Quinta-feira 19h – Missa e Adoração Eucarística *Gesto concreto: sabonete.


Dia 30 de setembro – Sexta-feira 19h – Vídeo explicando a Missa com Vagda Campos *Gesto concreto: creme dental.

***Os produtos arrecadados serão destinados às Instituições de Longa Permanência (Asilos).


Juiz de Fora


Matriz São Vicente de Paulo: Rua Tenente Paulo Maria Delage, 325, Borboleta


Dia 27 de setembro – Terça-feira – Dia de São Vicente de Paulo 12h – Adoração ao Santíssimo Sacramento 15h – Oração do Santo Terço 18h – Procissão saindo da Escola Municipal Elpídio Corrêa Farias (Rua Alberto Menini, 190) em direção à Matriz 19h30 – Missa Solene presidida por Dom Gil Antônio Moreira


Igreja São Vicente de Paulo: Rua Jair Spinelli, 111, Bairro Nova Era


Dia 27 de setembro – Terça-feira – Dia de São Vicente de Paulo 18h – Exposição do Santíssimo Sacramento e Santo Terço 19h – Procissão saindo e retornando à comunidade, seguida de Missa solene

*Haverá funcionamento de barraquinhas todos os dias.


Conselho Central Diocesano da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP)

A Igreja São Vicente de Paulo fica na Rua São Sebastião, 412 – Centro


Dia 27 de setembro – Terça-feira – Dia de São Vicente de Paulo e Dia Nacional do Vicentino 8h às 11h45 – Adoração ao Santíssimo Sacramento 12h – Terço Mariano 15h – Terço da Misericórdia 16h – Terço de São José 16h30 – Terço das Santas Chagas 17h – Terço de Nossa Senhora do Desterro 17h30 às 19h – Adoração ao Santíssimo Sacramento 19h – Procissão com velas saindo da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes para a Capela São Vicente de Paulo, onde acontece a Missa presidida pelo Padre João Paulo Teixeira


Lima Duarte


Igreja São Vicente de Paulo (SSVP): Rua José de Sales, 542, Albergue


Dia 27 de setembro – Terça-feira – Dia de São Vicente de Paulo e Dia Nacional do Vicentino 7h – Rosário e café compartilhado 19h30 – Missa na Igreja Santa Teresinha


Santana do Deserto


Igreja São Vicente de Paulo: Rua Cândido Ferreira, 191,Centro


Dia 27 de setembro – Terça-feira – Dia de São Vicente de Paulo e Dia Nacional do Vicentino 19h – Missa




História de São Vicente de Paulo*


Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,37-39).


Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. São Vicente de Paulo nasceu em 24 de abril de 1581, na aldeia de Pouy, nas “Landes”, França. Seu pai se chamava João de Paulo, e sua mãe Bertranda de Moras. Tinham uma pequena propriedade de que tiravam a subsistência para a família, composta de seis filhos. Vicente que era o terceiro filho, trabalhava no campo com o pastoreio dos rebanhos.


Ele se entregou sem reserva ao sacerdócio. Por meio de suas obras, como a Congregação da Missão, a Companhia das Filhas da Caridade, as Conferências de São Vicente de Paulo e a todas as obras de inspiração vicentina podemos ver o quanto a Igreja valoriza o grande trabalho apostólico e caritativo desse gigante da fé, onde ardia a chama da caridade evangélica (cf. Lc 12,49).


Depois de ordenado sacerdote, passou por uma escravidão em Túnis e acabou sendo vendido a um senhor que o libertou; em seguida, foi para Paris. Tornou-se capelão da rainha Margarida, aproximando-se da miséria humana, que era grande em Paris. De modo especial, trabalhou no novo Hospital da Caridade.


Nesta época, o Cardeal de Bérulle, fundador do Oratório na França, enviou-o como pároco a Clichy-la-Garenne, na periferia de Paris. Como educador dos filhos do General das Galeras, em seus castelos e propriedades do interior, ele pôde ver a grande miséria material e espiritual do povo do campo. Isso mudou a sua vida. Pediu ao Cardeal Bérulle e se tornou pároco da pobre Châtillon-des-Dombes. Ali, ele começou sua grande obra de caridade, fazendo a “organização da caridade”. O serviço dos pobres era sua vida, nos primeiros vinte anos de sacerdócio, sempre guiado pelos acontecimentos e pela Providência Divina.


O resto do seu tempo era repartido entre o confessionário, o catecismo, a oração e o estudo. Para ampliar o trabalho pelos pobres, São Vicente começou a reunir os sacerdotes que desejassem viver, sob a orientação dos bispos, à salvação do pobre povo do campo, por meio da pregação, da catequese e das confissões gerais sem retribuição nenhuma.


Os seguidores de São Vicente se multiplicaram a ponto de o pobre “Asilo dos Bons Meninos” não poder mais os abrigar. Pela Providência Divina, Adriano Bom, Prior de São Lázaro, ofereceu ao santo a casa e as terras do seu priorado, conhecido pelo nome de São Lázaro, antigo hospital de leprosos e vasta construção onde permaneceram até o fim do século XVIII. Daqui, vem o costume de se chamarem “Lazaristas” os padres congregados de São Vicente. Assim surgiu, em 1632, o “Priorado de São Lázaro”, os “lazaristas”, que cresceu rapidamente, implantando-se em cerca de quinze dioceses para missões paroquiais e fundação de “Caridades”.


São Vicente exigia de seus companheiros “o espírito de Nosso Senhor”, com as cinco virtudes fundamentais: simplicidade, mansidão em relação ao próximo, humildade, mortificação e zelo. Aos que partiam para pregar o Evangelho, ele dizia: “trata-se não de se fazer amar, e sim de fazer amar Jesus Cristo”. A criada Congregação da Missão chegou até a Itália, Irlanda, Polônia, Argélia e Madagáscar.


São Vicente soube dar dinamismo às numerosas “Caridades”, dando-lhes uma estrutura de unidade e eficiência. Santa Luísa de Marillac, viúva de António Le Gras, iniciada à vida espiritual por São Francisco de Sales, sob a sua orientação, muito ajudou neste trabalho. Com ela, a 29 de novembro de 1633, nascia a “Companhia das Filhas da Caridade”, recebendo de São Vicente um regulamento original e exigente: “Tereis por mosteiros a sala dos doentes. Por cela, um quarto de aluguel; como capela, a igreja paroquial; como claustro, as ruas da cidade; como clausura, a obediência; como grade, o temor de Deus; como véu, a santa modéstia.” “Deveis fazer o que o Filho de Deus fez na Terra; a estes pobres doentes, deveis dar a vida do corpo e a vida da alma”.


São Vicente não jogava os ricos contra os pobres, ao contrário, aproximava o rico do pobre, queria trazê-los a uma estima e amizade recíprocas, mostrando que o pobre e o rico têm igual necessidade um do outro. Para isso, criou a “Confraria de Caridade” para aproximar os pobres dos ricos. Com a ajuda de senhoras piedosas, angariava e dava os socorros aos pobres doentes da localidade.


São Vicente criou muitas obras: a Capelania da Corte, para o magistério dos pobres; a Fundação das Senhoras de Caridade, para os hospitais, asilos para os velhos e refúgios para as mulheres decaídas. Trabalhou na reforma do clero, promoveu retiros eclesiásticos, fundação dos seminários, missões aos camponeses, cuidou dos leprosos, dos loucos, dos refugiados de guerra, dos mendigos, dos condenados etc.


Ele dizia que “quanto mais humilde for alguém tanto mais caridoso será para com o próximo”. “Se nos livrarmos do amor próprio um quarto de hora antes de morrer, podemos dar graças a Deus”. “O demônio não sabe se defender diante da humildade, porque ele é soberbo”.


São Vicente sofreu de muitas enfermidades, mas nunca reclamava. Na segunda-feira, 27 de setembro de 1660, às 4h30 da manhã, Deus o chamou a si no momento em que seus filhos espirituais, reunidos na igreja, começavam a oração. Morreu aos 84 anos de idade e 60 de sacerdócio. Sua canonização aconteceu em 16 de junho de 1737, pelo papa Clemente XII, e, em 12 de maio de 1885, foi declarado Patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.


São Vicente de Paulo, rogai por nós!


Oração:


“São Vicente, que tanto vos compadecestes dos pobres, eu vos peço, olhai para mim! Sou pobre. Estou passando necessidades. O dinheiro é curto e nunca chega para comprar tudo o que necessito. São Vicente! Sou pobre, mas tenho fé! Há gente mais pobre do que eu: são aqueles que não têm fé; porque esses têm a alma vazia. São Vicente, conservai minha riqueza, que é a fé; mas eu vos peço, aliviai também a minha pobreza. Ajudai-me a adquirir ao menos o necessário para me alimentar bem, para me vestir honestamente, comprar os remédios que preciso, as forças necessárias para fazer bem os meus trabalhos, cumprir as minhas obrigações e, assim, poder ser útil à minha família e a todos os que precisarem de minha ajuda. Assim seja.”


*Referências: formacao.cancaonova.com cruzterrasanta.com.br


*Fonte: Site da Canção Nova

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