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"Reza e Trabalha": devotos na Arquidiocese de Juiz de Fora celebram São Bento

Foto do escritor: Radio CatedralRadio Catedral


Na próxima segunda-feira, dia 11 de julho, a Igreja celebra São Bento, considerado o ‘Pai dos Monges’ e instituído como o padroeiro da Europa.


Ele é o fundador da Ordem dos Beneditinos e caminhou por todo o Velho Continente evangelizando e fundando mosteiros. Sua regra pode ser resumida pelo lema “Ora et Labora” (reza e trabalha).


Padroeiro da Europa e conhecido pela medalha, São Bento dá nome a várias comunidades da Arquidiocese de Juiz de Fora, nas quais será celebrado com programações festivas.


Confira as programações:


Juiz de Fora


Comunidade São Bento – Borborema (pertencente à Paróquia Divino Espírito Santo) *A comunidade fica na Rua Leonardo Ferreira, 10 – Borborema

Dia 11 de julho – Segunda-feira – Dia de São Bento 19h – Missa Festiva


Mosteiro de Santa Cruz

No Mosteiro da Santa Cruz, no Bairro Paineiras, a novena começou no dia 2 de julho e irá até domingo (10), com orações especiais durante as Missas. As celebrações ocorrem às 8h15 em dias de semana e sábados e às 8h30, aos domingos. No dia 11, a festa de São Bento será recordada na Eucaristia das 8h15.


Belmiro Braga

Igreja São Bento – Sobragy (pertencente à Paróquia Santa Ana) *A igreja fica na Rua Breno Nazari Teixeira, 429 – Distrito de Sobragy (Área Rural)

Dia 11 de julho – Segunda-feira – Dia de São Bento 19h – Missa Festiva seguida de confraternização


Bias Fortes

Igreja São Bento (pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Dores) *A igreja fica em Cavas (Área Rural)

Dia 10 de julho – Domingo 10h – Cavalgada saindo da Igreja Nossa Senhora Aparecida (Ponte Nova) 13h – Missa 14h30 – Feijoada e em seguida leilão de prendas e show de prêmios

Dia 11 de julho – Segunda-feira – Dia de São Bento 15h – Santo Terço


Igreja São Bento (pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Dores) *A igreja fica em Teixeiras (Área Rural)

Dia 11 de julho – Segunda-feira – Dia de São Bento 16h – Procissão e Santo Terço


Igreja São Bento (pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Dores) *A igreja fica em Serra (Área Rural)

De 27 a 29 de julho – Tríduo preparatório 15h – Oração do tríduo

Dia 30 de julho – Sábado 13h – Missa e Procissão 15h – Funcionamento de barraquinhas e leilão de prendas


Bom Jardim de Minas


Igreja São Bento (pertencente à Paróquia Bom Jesus do Matozinhos) *A igreja fica em Debaixo da Serra (Área Rural)

De 6 a 8 de julho – Tríduo 19h – Tríduo

Dia 9 de julho – Sábado 15h – Missa e procissão


Olaria


Igreja São Bento (pertencente à Paróquia Santo Antônio) *A igreja fica em Cachoeira de São Bento (Área Rural)

Dia 10 de julho – Domingo 12h – Missa seguida de procissão *Após a procissão, haverá leilão de prendas e bezerros e funcionamento de barraquinhas.


Santa Bárbara do Monte Verde


Igreja São Bento (pertencente à Paróquia Santa Bárbara) *A igreja fica em São Bento (Área Rural)

Dia 9 de julho – Sábado 18h – Missa seguida de procissão *Após a procissão haverá funcionamento de barraquinhas e leilões.



História de São Bento*


Em 1964, Paulo VI declarava São Bento padroeiro principal da Europa, tributando desse modo justo reconhecimento ao santo a quem a civilização europeia deve muito. Nascido Benedetto da Nórcia, foi um monge italiano, fundador da Ordem dos Beneditinos, uma das maiores ordens monásticas do mundo. Foi o criador da Regra de São Bento, um dos mais importantes e utilizados regulamentos de vida monástica, inspiração de muitas outras comunidades religiosas. Era irmão gêmeo de Santa Escolástica. Foi designado patrono da Alemanha também. É venerado não apenas por católicos, como também por ortodoxos. Foi o fundador da Abadia do Monte Cassino, na Itália, destruída durante a Segunda Guerra Mundial e posteriormente restaurada.


Quatro anos antes do seu nascimento, que foi em Núrcia, pelo ano de 480, o bárbaro rei dos hérulos matou o último imperador romano, fechou definitivamente o capítulo do domínio de Roma: a sobrevivência da cultura romana só foi possível através do empenho religioso e cultural dos monges. Com São Bento abre-se precisamente o glorioso capítulo da vida monástica ocidental.


Bento pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.


Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.


Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro.


Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.


As regras rígidas não poderiam ser mais simples: “Ora e trabalha”. Acrescentando-se a esse lema “leia”, pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser “não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador”.


A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.


Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de “Pai do Monaquismo Ocidental”, que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados “beneditinos”.


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