Pesquisa do ILCT e da Fiocruz quer desenvolver tecnologia para tornar mais nutritivo leite oferecido a bebês prematuros
- Silvia Carvalho
- 3 de nov.
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Por Rádio Catedral

Uma pesquisa desenvolvida em Minas Gerais promete revolucionar o cuidado com recém-nascidos prematuros internados em UTIs neonatais. O estudo, conduzido pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes da Epamig em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, adapta tecnologias da indústria de laticínios para uso em bancos de leite humano.
Segundo a pesquisadora da Epamig, Denise Sobral, técnicas já consolidadas na indústria do leite foram adaptadas para fortalecer a nutrição infantil hospitalar, fazendo com que o leite humano doado chegue às UTIs com o máximo aproveitamento possível, sem comprometer a segurança alimentar.
O objetivo é reduzir a perda de gordura e nutrientes durante o processo de pasteurização e homogeneização, garantindo um leite mais rico e completo para bebês de baixo peso. Com isso, espera-se aumentar a absorção de nutrientes e reduzir a mortalidade neonatal, especialmente entre os prematuros extremos — aqueles com menos de 1,5 quilo
Para a médica neonatologista , Elizabeth Moreira, o leite materno é essencial para prematuros, fornecendo calorias, proteção imunológica e nutrientes fundamentais para o desenvolvimento do sistema nervoso, retina e intestino, garantindo saúde e crescimento adequados.
A primeira fase de experimentos definiu as condições de processamento, por meio de diferentes pressões e temperaturas. A etapa atual consiste em averiguar se o leite preserva os nutrientes e fatores de imunidade e em simular o comportamento desse leite nas bombas de infusão, como as usadas nas UTIs neonatais.
De acordo com o gestor do Laboratório de Controle de Qualidade de Leite Humano da Fiocruz, Jonas Borges da Silva, se tudo correr como previso, os testes clínicos devem ser em 2026.










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