Por Rádio Catedral
A Pastoral do Surdo Monsenhor Vicente de Paulo Penido Burnier, da Arquidiocese de Juiz de Fora, realiza neste sábado, 17 de setembro, no Seminário Santo Antônio, um encontro em comemoração ao “Setembro Azul” de valorização da comunidade surda.
No Brasil, o Dia Nacional do Surdo é lembrado em 26 de setembro, quando também é comemorado o aniversário de criação da primeira escola de surdos do país, em 1857, no Rio de Janeiro. Já em 23 de setembro é o Dia Internacional da Língua de Sinais. E 30 de setembro, o Dia Internacional do Surdo e Dia Internacional do Profissional Tradutor e Intérprete. Por isso, todos os anos, a Pastoral do Surdo Arquidiocesana realiza o evento que mostra a luta da comunidade e que é também um encontro de confraternização.
O evento, que é aberto ao público em geral, terá início às 8h e contará com palestra, teatros, contação de história e oficinas de Libras. O encerramento está previsto paras as 17h.
Os interessados devem se inscrever, o que pode ser feito no início do encontro. A taxa de inscrição tem o valor de R$ 20. Haverá emissão certificado para aqueles que participarem por mais de quatro horas no evento.
O Seminário Santo Antônio fica na Av. Barão do Rio Branco, 4516 – Alto dos Passos.
A história do Setembro Azul ou Setembro Surdo: lutas e conquistas da comunidade surda*
O ano de 2011 foi o berço de um movimento que, até hoje, busca por direitos da comunidade surda. Neste mês, são lembradas as lutas e conquistas da comunidade surda no Brasil e no mundo. O movimento empenha-se em manter viva a Língua de Sinais e a Cultura Surda, além da busca incessante pelo direito à educação de qualidade para a comunidade surda.
Cor azul
A escolha da cor azul está diretamente relacionada a um momento triste da humanidade. Em 1933, o governo nazista instituiu a chamada “Lei de Prevenção de Doenças Hereditárias”, que autorizava a esterilização compulsória de quem sofria de doenças hereditárias que pudessem acarretar sérias deficiências físicas ou mentais.
Para identificar as pessoas com alguma deficiência, os nazistas amarravam faixas azuis em seus braços. Dessa forma, a Comunidade Surda escolheu o azul turquesa para representar e mostrar a superação e luta por trás do ser surdo e manter viva a memória daqueles que sofreram consequências desumanas apenas por existirem.
Marcado por um mês de luta, conscientização e divulgação da cultura e Comunidade Surda, o Setembro Azul é um mês muito importante no calendário e é uma data que celebra e comemora os grandes feitos desta comunidade até os dias de hoje. O mês de setembro, portanto, representa as conquistas, realizações e história de uma comunidade que durante muitos anos, vem lutando contra os preconceitos e barreiras e que, ainda hoje, busca espaço, acesso e representatividade.
*Fonte: www.ufmg.br
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