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Papa Leão XIV: a coragem e tenacidade dos migrantes são testemunho heroico de fé

  • Foto do escritor: Radio Catedral
    Radio Catedral
  • 27 de jul.
  • 2 min de leitura

Por Bianca Fraccalvieri - Vatican News

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Foi divulgada esta sexta-feira a mensagem do Papa Leão em vista do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que neste Ano Santo será celebrado em coincidência com o Jubileu dos Migrantes e do Mundo Missionário, nos dias 4 e 5 de outubro.


O tema da mensagem retoma o lema do Jubileu e é uma oportunidade para o Santo Padre refletir sobre a relação entre esperança, migração e missão.


No texto, o Pontífice faz uma análise do atual contexto mundial, tristemente marcado por guerras, violência, injustiças e fenómenos meteorológicos extremos, que obrigam milhões de pessoas a deixar a sua terra natal em busca de refúgio em outros lugares.


Leão XIV alerta então para a tendência generalizada de cuidar exclusivamente dos interesses de comunidades circunscritas, ameaçando assim a partilha, a cooperação multilateral, e a solidariedade global.


Os desafios se tornam ainda mais difíceis diante da perspectiva de uma nova corrida armamentista e do desenvolvimento de novas armas, incluindo aquelas nucleares, e da pouca consideração pelos efeitos nefastos da atual crise climática e as profundas desigualdades econômicas. 


Perante esses cenários assustadores, permanece no coração das pessoas o desejo de esperar um futuro de dignidade e paz, que é parte essencial do projeto de Deus para a humanidade, inaugurado por Jesus Cristo.


Para o Papa Leão, esta ligação entre migração e esperança revela-se claramente em muitas das experiências migratórias dos nossos dias.


“A coragem e tenacidade de migrantes e refugiados são testemunho heroico de uma fé que vê além do que os nossos olhos podem ver e que lhes dá força para desafiar a morte nas diferentes rotas migratórias contemporâneas.”


Além disso, os migrantes e refugiados lembram à Igreja a sua dimensão peregrina, em permanente busca da pátria definitiva, sustentada pela esperança.


E o Papa adverte: sempre que a Igreja cede à tentação da “sedentarização” e deixa de ser civitas peregrina – povo de Deus peregrino rumo à pátria celeste, como dizia Santo Agostinho –, deixa  de estar «no mundo» e torna-se «do mundo».


Leão XIV está convencido de que os migrantes e refugiados católicos podem, de modo particular, tornar-se missionários de esperança nos países que os acolhem, levando adiante novos caminhos de fé onde a mensagem de Jesus Cristo ainda não chegou ou iniciando diálogos inter-religiosos.


E mais: com o seu entusiasmo espiritual, podem contribuir para revitalizar comunidades endurecidas e sobrecarregadas, nas quais avança de forma ameaçadora o deserto espiritual.

Citando São Paulo VI, Papa Leão recorda que o primeiro elemento da evangelização é geralmente o testemunho. Trata-se de uma verdadeira missão, a missio migrantium. Por outro lado, também as comunidades que os acolhem podem ser um testemunho vivo de esperança, entendida como promessa de um presente e de um futuro em que seja reconhecida a dignidade de todos como filhos de Deus.


O Pontífice conclui a mensagem confiando migrantes e refugiados à proteção maternal da Virgem Maria, Socorro dos migrantes, assim como aqueles que se esforçam em acompanhá-los, “para que Ela mantenha viva nos seus corações a esperança e os sustente no seu empenho em construir um mundo que se assemelhe cada vez mais ao Reino de Deus, a verdadeira pátria que nos espera no fim da nossa viagem”.

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