Por Fabíola Castro
Desde a quarta-feira (20), os padres da Arquidiocese de Juiz de Fora, Monsenhor Luiz Carlos de Paula, José de Anchieta Moura Lima, Luiz Eduardo de Ávila e Felipe de Castro Costa, estão na Região Metropolitana de Belo Horizonte atingida pela tragédia do rompimento de uma barragem da mineradora Vale, em janeiro, para a “Missão Solidariedade Brumadinho”.
O primeiro dia foi marcado pelo acolhimento dos sacerdotes por pessoas da cidade e pelo vigário paroquial da Paróquia São Sebastião, Padre Thiago Augusto da Costa Silva Lopes, que agradece a visita solidária.
A moradora da região afetada, Elenice, relata os momentos com os padres de Juiz de Fora.
O vigário geral da Arquidiocese, Monsenhor Luiz Carlos de Paula, diz que a missão é muito intensa, com momentos marcados pela tristeza, mas com certeza de muita esperança e fé em Deus.
Já o Padre Luiz Eduardo de Ávila define a missão como "um pouco de muito amor".
As visitas seguem durante toda esta quinta-feira (21), como conta Padre Anchieta.
Os quatro padres que estão em Brumadinho permanecem na cidade até sexta-feira, dia 22. O segundo grupo, que irá contar com a presença do arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, viajará em 29 de março.
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Números atualizados*
O total de mortes em consequência do rompimento da barragem em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, já chega a 209. Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, que atualizou o número na noite da última terça-feira (19), 97 pessoas ainda estão desaparecidas.
Balanço anterior, divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, relacionava 99 desaparecidos. Em nota, a Defesa Civil explicou que dois nomes foram retirados da lista porque se descobriu que uma das pessoas tinha morrido antes do desastre e a outra teria documentos inconsistentes. Até o momento, foram localizadas 395 vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão.
A tragédia de Brumadinho ocasionou ainda a contaminação do Rio Paraopeba, que passou a apresentar nível de cobre 600 vezes maior do que o normal, conforme apurou a Fundação SOS Mata Atlântica. O rio era responsável por 43% do abastecimento público da região metropolitana de Belo Horizonte.
*Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br