Por Rádio Catedral
Nesta quarta-feira, 31 de maio, a Igreja Católica celebra Nossa Senhora da Visitação. Este título faz memória à passagem em que Maria Santíssima, que já trazia Jesus em seu ventre, visita sua prima Isabel, que, daria à luz a João Batista.
Na Arquidiocese de Juiz de Fora, duas capelas lembram de forma especial essa data. Na comunidade do bairro Tiguera, já houve tríduo preparatório e nesta quarta, a Missa Festiva será às 19h30. Todos os dias haverá barraquinhas com comidas típicas. A capela fica na Rua Ubaldina de Morais Pereira, s/nº – Tiguera.
No bairro Boa Vista, a comunidade celebra com oração do terço, às 19h, e Eucaristia, às 19h30. A capela fica na Rua Eduardo Viviane, 199 – Boa Vista.
Na edição desta quarta-feira, 31 de maio, do Jornal Boa Nova, o Padre José Domício destacou a inspiração aos católicos das palavras da Virgem Maria no "Magnificat": “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador".
A história de Nossa Senhora da Visitação
Fonte: Canção Nova
Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com uma mensagem de amor: a proposta de fazer dela a Mãe do Salvador. E ela aceitou. Aceitar Jesus é estar aberto a aceitar, receber e doar-se aos outros.
O Anjo também comunicou a Ela que a prima — Isabel — já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem, no Evangelho de São Lucas, no capítulo 1, quando, depois de andar cerca de 100 km, ela se encontrou com Isabel.
Doação e transmissão do Verbo
A Virgem Maria foi às pressas visitar sua prima Isabel, revelando-se uma mulher caridosa e doada, que se colocou à disposição de sua prima, que vivia a graça de uma gestação já em idade avançada. Mas mais do que isso, Maria revelou-se mulher missionária que, desde o anúncio do Anjo, empenhou-se com amor e confiança a cumprir aquilo que eram os desígnios de Deus para Ela: transmitir o mistério santificador da Palavra que se encarnou.
Encontro de duas promessas
O encontro de Maria e Isabel é a união de dois anúncios: daquele que viria para preparar os caminhos do Senhor e do próprio Salvador, o Cristo. Era o próprio Jesus, ainda no ventre de sua Mãe, que encontrava o Seu precursor, o profeta João Batista, também no seio de sua mãe, que, ao reconhecê-lo, logo que ouviu a saudação de Maria, “estremeceu”, exultou de alegria, como aconteceu com Davi, que dançou diante da arca pela presença do Senhor (cf. 2Sm 6,12-16).
Magnificat
Nesta festa, também é possível descobrir a raiz da nossa devoção a Maria.
Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus, exprimindo a sua alegria: “Meu espírito se alegra em Deus”. E, em certa altura, Ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos venerá-la, que passa de século a século; parece um prelúdio da palavra que seria pronunciada trinta anos mais tarde: “Bem-aventurados os pobres, bem-aventurados os puros de coração”.
“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações” (Lucas 1,48).
A fé que opera obras de amor
A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada Aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que ama a Deus, se não ama o outro. A visitação de Maria a Sua prima nos convoca para essa caridade ativa, para a fé que opera por esse amor de que o outro tanto precisa. Quem será que precisa de nós?