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Infectologista fala sobre casos de procura por terceira dose e escolha de vacinas contra a Covid-19

Atualizado: 7 de jul. de 2021

Por Fabíola Castro


Casos de vacinação com uma terceira dose do imunizante contra a Covid-19 têm surgido no país e em municípios de nossa região, quando esse procedimento, no momento, é feito com duas doses para a maioria das vacinas e no caso da vacina da Janssen em dose única.


A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora informou que está analisando o levantamento de dados de pessoas já completamente imunizadas e que porventura tenham buscado uma 3ª dose da vacina contra a Covid-19. Todos os dados de vacinação, como nome e CPF são cruzados com as informações do SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações), o que permite a verificação da real situação imunológica em qualquer local do país.


A pasta da Saúde destaca que as pessoas que buscarem por uma terceira dose estão sujeitas a sanções legais e éticas e havendo identificação de usuário que tenha praticado o ato, os dados serão encaminhados aos órgãos competentes para providências cabíveis. Ainda conforme a Secretaria de Saúde, em Juiz de Fora, foram identificadas duas pessoas que teriam se vacinado com uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. De acordo com a assessoria da pasta, a providência tomada foi o encaminhamento ao Ministério Público (MP) para averiguação dos casos.


A Secretaria de Saúde de Juiz de Fora reforçou ainda que esta prática atrasa o processo de vacinação tirando a oportunidade de outras pessoas receberam a vacina contra o coronavírus.


O Infectologista, Dr. Marcos Moura, fala sobre o protocolo atual da vacinação contra a Covid-19, que é algo que pode mudar futuramente, mas que no momento não contempla uma terceira dose.

Dr. Marcos Moura reforça ainda a importância da imunização completa, conforme preconizam os fabricantes dos imunizantes, sabendo que nenhum medicamento ou vacinas têm proteção total, mas reduzem a incidência de casos graves das doenças e mortes.


Casos em outros municípios


A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora também informou nos últimos dias que tomou conhecimento de indivíduos completamente vacinados contra Covid-19 (esquema completo - duas doses) que buscaram postos de vacinação dos municípios de sua jurisdição alegando não terem sido vacinados a fim de receber uma terceira dose de determinado imunizante. As ocorrências foram nos municípios de Rio Novo e Chácara. A denúncia, conforme a SRS, foi encaminhada ao Ministério Público.


A Prefeitura de Rio Novo divulgou por meio das redes sociais uma nota de esclarecimento:

"A Prefeitura Municipal Rio Novo esclarece que no dia 23 de junho de 2021, duas pessoas com idades em conformidade com o grupo prioritário vigente para imunização, compareceram a Unidade de Saúde do Município para receber vacina contra a COVID-19. Seguindo os protocolos, ambos foram prontamente atendidos e receberam imunizantes da marca Pfizer. Porém, durante o lançamento de dados no sistema foi constatado que ambas já haviam sido vacinadas em outra cidade com duas doses da Coronavac.

Imediatamente, a Coordenação de Imunização de Rio Novo comunicou o fato à Secretaria de Saúde Municipal, que, então remeteu o caso à Superintendência Regional de Saúde em Juiz de Fora – SRS/JF, solicitando orientações sobre as providências cabíveis.

Diante da situação, informamos que a SRS/JF já encaminhou o caso ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais para adotar as medidas legais cabíveis a respeito do ocorrido, colocando-nos sempre à disposição para eventuais esclarecimentos.


A Prefeitura de Chácara também se manifestou pelas redes sociais divulgando a nota da Superintendência Regional de Saúde (SRS/JF) que havia sido disponibilizada para a imprensa.


A Superintendência de Saúde alerta que os indivíduos previamente vacinados que omitem essa informação para receberem doses adicionais, de forma intencional, estão sujeitos a sanções legais e éticas e havendo identificação de usuário que tenha praticado o ato, os dados serão encaminhados ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais, para providências cabíveis.


O órgão Regional de Saúde ressaltou ainda que todas as vacinas contra Covid-19 em uso no Brasil são seguras e eficazes, sendo disponibilizadas em esquemas de vacinação de dose única (Janssen) ou duas doses (Coronavac, Pfizer e AstraZeneca), lembrando que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) não recomenda doses adicionais além dos esquemas básicos preconizados e/ou com imunizantes diferentes, não havendo até o momento dados disponíveis sobre a segurança e eficácia desta prática, como também destacou o Infectologista, Dr. Marcos Moura.


Ele lembra ainda das medidas básicas, mas fundamentais de serem seguidas, aliadas à vacinação.


Escolha de vacinas


Outro fato que tem sido relatado durante a campanha de vacinação contra a Covid-19, por vários locais, é a escolha por determinado imunizante, o que segundo o Infectologista, Dr. Marcos Moura, é um desserviço à coletividade.

Diante de uma pandemia, a rápida produção das vacinas, todos os esforços da ciência são com o intuito de minimizar a propagação, circulação do vírus e suas variantes, uma forma de retomar a vida, seja de convivência em sociedade, seja para retomada das economias, e escolher que vacina tomar, não faz nenhum sentido nesse momento, como finaliza Dr. Marcos Moura.


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