Por Fabíola Castro

O Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/Ebserh) realizou no último mês de novembro o primeiro transplante renal na instituição, após a reativação do programa. A paciente receptora do órgão tem 42 anos, e recebeu o rim de um doador vivo, o seu irmão gêmeo.
A Professora e Médica Nefrologista responsável pelo Serviço de Transplante Renal do HU-UFJF/Ebserh, Dra. Hélady Sanders, concedeu entrevista ao quadro "Bendita Saúde" desta quinta-feira (23), para falar sobre esse procedimento complexo e muito importante de ser realizado, tanto para o hospital que é de ensino, quanto para os pacientes que aguardam para realizar esse tipo de transplante.
Confira a entrevista:
O Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/Ebserh) realizou esse primeiro transplante renal na instituição, após a reativação do programa. E como funciona o programa?
Como se deu o transplante?
Qual a forma de transplante mais comum? O que é preciso para realizá-lo?
Após o transplante como é feito o acompanhamento?
Existe uma estimativa desse tempo de funcionamento do rim transplantado?
Esse é um procedimento de grande demanda na região, no país? Muitos pacientes aguardam na fila para o transplante e a taxa dos que conseguem realizá-lo é boa?
Como a senhora avalia o resultado desse primeiro procedimento realizado após a reativação do programa de transplantes?
Como os pacientes com problemas renais têm acesso ao programa de transplantes do HU para a avaliação da necessidade de se realizar o procedimento?
Finalizando, Dra. Helády, o fato de o HU realizar esse procedimento é um ganho para toda a saúde, para os pacientes que convivem com essa grave doença?
O HU-UFJF/Ebserh está credenciado desde 2014 para a realização de transplante, captação de órgãos e acompanhamento pós-transplante. No final de 2019, o serviço estava todo estruturado com as condições para os procedimentos de transplantes, mas a pandemia de Covid-19 adiou o processo, que começou, efetivamente, com o transplante realizado entre os dois irmãos no último 20 de novembro. O doador recebeu alta no terceiro dia e, a receptora, no sexto dia do pós-operatório. Ambos seguem em acompanhamento na instituição, como comentou na entrevista a Dra. Hélady.
A paciente receptora do rim descobriu a doença renal num exame de rotina em novembro de 2020. Fez diálise peritoneal por cinco meses no HU. Após diagnóstico da doença renal em último estágio, ela e os dois irmãos começaram a realização dos exames de compatibilidade. Ambos eram compatíveis e um deles, gêmeo, foi selecionado como doador.
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