Por Fabíola Castro

O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado por simbolizar o incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. A Semana Mundial de Aleitamento Materno teve início em 1990, num encontro da Organização Mundial de Saúde (OMS) com o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). O mês do Aleitamento Materno no Brasil foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017 que determina que, no decorrer do mês de agosto, serão intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.
Por meio do leite materno o bebê recebe os anticorpos da mãe que o protegem contra várias doenças. A Enfermeira do Banco de Leite Humano (BHL) de Juiz de Fora, Sílvia Raquel Victor, fala sobre essa importante ação. Confira na entrevista:
O último domingo, 1º de agosto, marcou o Dia Mundial da Amamentação. Esta semana é a Semana Mundial do Aleitamento Materno e agosto é o mês da amamentação no Brasil. O tema deste ano é “Proteja a amamentação: uma responsabilidade compartilhada”. Que mensagem a campanha vem passar e qual a importância dessa mobilização?
Qual a importância/benefícios da amamentação para o desenvolvimento do bebê e para a mãe?
Quais os maiores desafios da amamentação e como as pessoas ao redor, família, podem ajudar?
Até quando é recomendado amamentar, tem uma idade ideal?
Existem também as mães que não conseguem amamentar. Quais problemas podem ocorrer? Tem um limite em que a mãe deve tentar?
Se não conseguir amamentar, quais são as alternativas para alimentação do bebê, para que mãe e filho mantenham esse vínculo?
Para aquelas mamães que por algum motivo não conseguirem amamentar não é preciso se frustrar, se culpar, por isso?
Em tempos de Covid-19 é importante manter esse vínculo da amamentação. Quais cuidados tomar?
Amamentar não é uma tarefa fácil e vai além de apenas dar o leite ao bebê. É um ato de amor, proteção e carinho, que faz toda diferença no desenvolvimento da criança ao longo da vida. É muito importante incentivar que as mães não desistam de amamentar?
Em Juiz de Fora, as gestantes, as lactantes podem buscar ajuda, orientação no que diz respeito amamentação?
No último mês de maio, a Enfermeira do Banco de Leite Humano, Silvia Raquel, concedeu uma entrevista também ao "Bendita Saúde", sobre a doação de leite materno por aquelas mães que têm esse alimento em excesso, além da necessidade do seu bebê e, que podem e querem doar para outros recém-nascidos que estejam em hospitais e que precisem. O Banco de Leite Humano orienta e faz essa coleta. Confira novamente aqui.
O Banco de Leite Humano de Juiz de Fora fica na Rua São Sebastião, 772/776 - no Centro. O telefone de contato é (32) 3690-7436.
Banco de Leite Humano de Juiz de Fora promove atividades para marcar o Agosto Dourado
Além de falar da importância do aleitamento materno o Agosto Dourado é importante para o incentivo à doação de leite materno, já que bebês prematuros necessitam deste alimento. Neste ano, o Banco de Leite Humano de Juiz de Fora (BLH), vinculado ao Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente (DSMGCA) irá lembrar a data com eventos de atendimento às gestantes e mães, para que possam tirar dúvidas e entender como é o processo de amamentação, a doação de leite e os cuidados para armazená-lo.
Doação de leite humano
De acordo com a Enfermeira Silvia Raquel "toda mulher que amamenta e produz um volume de leite além da necessidade do seu bebê é uma possível doadora de leite humano. Basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente a um banco de leite humano". Ela ainda explica que, segundo o Fundo das Nações Unidas (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. Estudos recentes mostraram que a promoção do aleitamento materno exclusivo é a intervenção isolada em saúde pública com o maior potencial para a diminuição da mortalidade neonatal e na infância. Isso reforça a importância da doação e o incentivo ao aleitamento materno.
Caso a mulher apresente sintomas da síndrome respiratória SARS-CoV-2, Covid-19 , ou confirme que está com a doença, a doação de leite deve ser suspensa pelo período de 14 dias, contando o primeiro dia do sintoma. Segundo a Rede Brasileira de Leite Humano, quando a mulher recebe a vacina contra a Covid-19 ela pode continuar amamentando e doando o leite materno, já que não existem riscos para os bebês.
Doação de frascos de vidro
Além da doação de leite humano o BLH, também incentiva a doação de frascos de vidro com tampa de plástico rosqueável para o armazenamento do leite materno. Os recipientes plásticos não suportam o aquecimento durante a pasteurização e são recomendados os potes de café solúvel, ou algum no mesmo modelo. Os potes com o fechamento a vácuo, como os de azeitona ou extrato de tomate, também não poderão ser utilizados, pois tem fechamento inadequado e a tampa de metal pode contaminar o leite.
A programação completa das atividades do Agosto Dourado:
2/8 - Abertura da Semana Mundial no BLH /JF –
Distribuição de material gráfico (folders no prédio do Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente)
Decoração do BLH – Semana Mundial/Agosto Dourado
3/8 - Salas de espera sobre o aleitamento materno e doação de leite humano (no prédio do Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente)
5/8 - Ações em Educação em Saúde para promoção do Aleitamento Farmácia Central – Rua Espírito Santo. De 9h às 12hs.
Salas de espera sobre o aleitamento materno e doação de leite humano (no prédio do Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente)
6/8 - Salas de espera sobre o aleitamento materno e doação de leite humano ( no prédio do Departamento de Saúde da Mulher, Gestante, Criança e Adolescente)
19/8 – 14h- Oficina Aleitamento Materno – Residência Médica (PJF) e Acadêmicos de enfermagem UFJF 7º Período
26/08 – 19h - Live : Dialogando sobre Aleitamento materno- Orientações e Cuidados na lactação
Enfermeira Silvia Raquel (supervisora BLH Juiz de Fora) e Enfª Flávia Cobuci (enfermeira Assistencial BLH Juiz de Fora)
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