Por Roberta Oliveira e Fabíola Castro
Nesta segunda-feira (16) é dia de Santa Edwiges, a padroeira dos pobres e endividados. Um exemplo de serviço de caridade, em prol das pessoas carentes e enfermas.
No Santuário Sagrado Coração de Jesus, do Bairro Bairu, haverá missas às 15h e 19h, que será presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira.
Além disso, na Paróquia Santuário São Miguel e Almas, em Santos Dumont,a comunidade Santa Edwiges, que fica na Rua Paulo Ramos de Faria, 393, em Cabangu tem procissão às 18h30 e Missa às 19h.
O Diácono Manoel Espedito destaca que Santa Edwiges atendeu ao chamado de amor ao próximo e não mediu esforços para isso.
Edwiges já exercia a caridade quando era casada. E abraçou uma missão de cuidar dos carentes após ficar viúva, estendendo a mão aos encarcerados.
O Diácono Manoel Espedito conta que o gesto de Santa Edwiges viabilizou formas de ajudar famílias endividadas a se reerguerem.
Nesta segunda tem festa no Santuário Sagrado Coração de Jesus, do Bairro Bairu, onde Santa Edwiges ser a padroeira da Associação Obra de Apostolado (AOASE), como conta o Diácono Manoel Espedito.
O Diácono Manoel Espedito contou uma novidade que viabilizou a reforma da sede da Associação Obra de Apostolado de Santa Edwiges
História de Santa Edwiges
Fonte: Santuário Santa Edwiges (SP)
Nascida no período Medieval, em 1174, Edwiges – morreu em 1.243, e foi canonizada em 1.267 –, foi uma mulher que marcou seu tempo. De família nobre, rica, assistiu, desde tenra idade, a miséria a tomar formas diferentes nas pessoas que conhecia, convivia e amava.
Ao se casar aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a então princesa da Silésia, país de Lebuska, atual Polônia, Edwiges, educada no Catolicismo e dona de uma fé inabalável, deparou-se com uma situação completamente diferente da que estava acostumada a conviver – seu marido, irmão de clérigo, mal sabia rezar.
Cristã, no real sentido da palavra, a esposa de Henrique logo tomou a educação religiosa de seu marido, preparando o caminho da paz em sua casa para a chegada de seus seis filhos – Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e Gertrudes. E, para conseguir manter sua família dentro do que acreditava, diariamente, levava a família até a capela próxima do castelo onde moravam, para assistirem, juntos, diariamente, à missa.
Mas, suas devoções a Cristo e respeito à Virgem Maria não terminavam em seus horários de missa ou de oração. Entre as prolongadas ausências do marido, que saía a lutar nas guerras que dizimavam vidas e era freqüente naquele período da humanidade, Edwiges aproveitava para visitar famílias nas maiores condições de miséria e buscar o socorro para cada uma delas.
Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam relacionados à falta de dinheiro. Lavradores, pequenos sitiantes precisavam pagar uma quantia aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita que deveriam ter. Essa colheita sempre era menor do que o esperado devido ao inverno rigoroso e as intempéries do clima do lugar. Sem ter como pagar as dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter a quem recorrer. Muitas vezes, as mulheres se prostituíam para poder sustentar seus filhos, ou vagavam pelas ruas, à mercê da quase inexistente caridade pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que tinham condições de sobreviver.
Assistindo a dor e a miséria humana, Edwiges, dona de um coração privilegiado para a época, e uma das mulheres que mais sentiram – e demonstraram – como ninguém, a caridade e a compaixão, pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de seu dote, a quantia que foi dada em época de seu casamento o seu marido que não quis usá-la e deixou a seu inteiro dispor de sua esposa, ajudando-os a reiniciarem suas vidas.
Preocupada com a situação das mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se a mercê da sorte, expostas a estupros e todo tipo de maldade humana, passou a construir em pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfãos. Muitas tornaram-se freiras e passaram a servir a Deus.
Depois de perder dois de seus filhos precocemente e, por último, seu marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu, em jejum e oração até sua morte, aos 69 anos de idade.
Sua fé foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos a ela, depois de sua morte e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a declarou santa em 1.267, 24 anos após a sua morte.
Até hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa.
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