Tradicional Missa Votiva em honra a São Peregrino será neste domingo (6)
- Radio Catedral
- 5 de jul.
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Cerimônia também será em ação de graças pelo aniversário do Padre Expedito Lopes.
Por Rádio Catedral

Em Juiz de Fora, neste domingo (6), é dia festivo na Paróquia Nossa Senhora das Dores no Bairro Grama: é a tradicional Missa Votiva de São Peregrino, momento de oração ao intercessor contra o câncer.
Além do sexto dia da novena, a missa deste mês também será em ação de graças pelo aniversário do pároco, Padre Expedito Lopes, que deixa um convite à Rádio Catedral.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores fica na Rua Rio de Janeiro, 10, no Grama. A programação começa com terço, às 14h; seguida da missa, às 14h30.

São Peregrino
Ele nasceu em Forli, na Itália, em 1265. Era um jovem idealista, intempestivo, com o apelido de Furacão. Na juventude, Peregrino participava do movimento dos Gibelinos. Era um grupo ligado ao imperador, que lutava contra o Papa. Por isso, participou da expulsão e da agressão a São Filipe Benizi, prior e um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, que foi à Forli para pedir paz à população.
No entanto, Peregrino se arrependeu, foi até São Filipe que o perdoou e o acolheu com amor, sem ressentimentos. O gesto tocou profundamente o coração de São Peregrino, que começou a rezar à Virgem Maria suplicando a conversão e que mostrasse a ele qual caminho deveria trilhar. Aos 30 anos, foi para Siena onde ingressou na Ordem dos Servos de Maria, a mesma de São Filipe Benizi.
Depois retornou à Forli onde trabalhou com os pobres. Ele lamentava os erros e pecados do passado e confessava sempre que sentia necessidade. Às vezes até se castigava fisicamente. Durante 30 anos, cumpriu uma penitência imposta a si mesmo: ficava sempre em pé, nunca se sentava.
Aos 60 anos, por causa desse estilo de vida sacrificado, foi acometido pelo câncer na perna direita. Por considerar que não havia chance de cura, o médico disse que seria necessária a amputação da perna para que a vida de Peregrino fosse salva.
Na véspera da operação, o santo se arrastou até a sala de orações, onde havia uma pintura de Jesus crucificado na parede. Ele se prostrou aos pés da cruz e clamou pela cura daquela doença maligna. Ele foi envolvido num êxtase tão profundo que viu Jesus descer da cruz pintada na parede e tocar a perna doente.
Ao acordar, chamou o médico, que constatou o milagre, pois a sua perna estava totalmente curada e não precisava ser amputada. Por causa deste fato, ele passou a ser venerado e invocado como o protetor contra o câncer.
São Peregrino Laziosi morreu em 1345, aos 80 anos, vítima de uma febre desconhecida. Durante seu velório houve acontecimentos extraordinários, como as curas de uma mulher suspeita de estar possuída pelo mal e de um jovem que estava gravemente ferido após cair de uma árvore. No entanto, houve o caso do cego que se aproximou do caixão e o santo se sentou, fez o sinal da cruz no rosto dele, que voltou a enxergar. Em seguida, São Peregrino se deitou novamente no caixão.
A partir disso, várias pessoas peregrinaram à Catedral de Forli, onde o corpo de São Peregrino está exposto em um relicário na igreja que leva o seu nome na Itália. São Peregrino foi canonizado em 1726 pelo Papa Bento XIII.
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