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Santa Edwiges: devotos rezam para a intercessora pelos pobres, órfãos e desvalidos

Foto do escritor: Radio CatedralRadio Catedral

Por Rádio Catedral



Em 69 anos, Santa Edwiges marcou o tempo, mostrando que uma jovem de família nobre poderia encontrar a riqueza no amor de Deus e como compartilhar com os menos favorecidos. Pelo trabalho sem fim em prol de quem precisava, ela é considerada a intercessora pelos pobres, órfãos, endividados e desvalidos.


Na Arquidiocese de Juiz de Fora, duas comunidades estão em festa nesta quarta-feira (16), data em que a Igreja Católica faz a memória da santa.


Em Juiz de Fora, no Santuário Sagrado Coração, a festa tem como tema “Santa Edwiges e Eucaristia” e o lema “Alimentados pela Eucaristia, Exemplos de Santa Edwiges, nos comprometemos com os pobres”. As missas estão em andamento ao longo do dia como explica o Reitor, Padre Renato Rodrigues.




Ele reforça o convite para as pessoas participarem da celebração de Santa Edwiges no Santuário do Sagrado Coração.




Além das cerimônias, estão em funcionamento do funcionamento do bazar e lojinha, onde toda a renda é prol da obra social desenvolvida pela Associação Obra de Apostolado de Santa Edwiges. O Santuário Sagrado Coração de Jesus fica na Rua Doutor Alberto Vieira Lima, 50, no Bairro Bairu.


Em Santos Dumont (MG), às 19h, a procissão sai da Rua José Vianna Guimarães, 95, com celebração de missa solene na chegada à comunidade, na Rua Paulo Ramos de Faria, 393, no Bairro Cabangu.



Conheça a história de Santa Edwiges

Informação Santuário de Santa Edwiges (SP)


Nascida no período Medieval, em 1174, Edwiges – morreu em 1.243, e foi canonizada em 1.267 –, foi uma mulher que marcou seu tempo. De família nobre, rica, assistiu, desde tenra idade, a miséria a tomar formas diferentes nas pessoas que conhecia, convivia e amava.


Ao se casar aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a então princesa da Silésia, país de Lebuska, atual Polônia, Edwiges, educada no Catolicismo e dona de uma fé inabalável, deparou-se com uma situação completamente diferente da que estava acostumada a conviver – seu marido, irmão de clérigo, mal sabia rezar.


Cristã, no real sentido da palavra, a esposa de Henrique logo tomou a educação religiosa de seu marido, preparando o caminho da paz em sua casa para a chegada de seus seis filhos – Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e Gertrudes. E, para conseguir manter sua família dentro do que acreditava, diariamente, levava a família até a capela próxima do castelo onde moravam, para assistirem, juntos, diariamente, à missa.


Mas, suas devoções a Cristo e respeito à Virgem Maria não terminavam em seus horários de missa ou de oração. Entre as prolongadas ausências do marido, que saía a lutar nas guerras que dizimavam vidas e era freqüente naquele período da humanidade, Edwiges aproveitava para visitar famílias nas maiores condições de miséria e buscar o socorro para cada uma delas.


Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam relacionados à falta de dinheiro. Lavradores, pequenos sitiantes precisavam pagar uma quantia aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita que deveriam ter. Essa colheita sempre era menor do que o esperado devido ao inverno rigoroso e as intempéries do clima do lugar. Sem ter como pagar as dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter a quem recorrer. Muitas vezes, as mulheres se prostituíam para poder sustentar seus filhos, ou vagavam pelas ruas, à mercê da quase inexistente caridade pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que tinham condições de sobreviver.


Assistindo a dor e a miséria humana, Edwiges, dona de um coração privilegiado para a época, e uma das mulheres que mais sentiram – e demonstraram – como ninguém, a caridade e a compaixão, pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de seu dote, a quantia que foi dada em época de seu casamento o seu marido que não quis usá-la e deixou a seu inteiro dispor de sua esposa, ajudando-os a reiniciarem suas vidas.


Preocupada com a situação das mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se a mercê da sorte, expostas a estupros e todo tipo de maldade humana, passou a construir em pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfãos. Muitas tornaram-se freiras e passaram a servir a Deus.


Depois de perder dois de seus filhos precocemente e, por último, seu marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu, em jejum e oração até sua morte, aos 69 anos de idade.


Sua fé foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos a ela, depois de sua morte e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a declarou santa em 1.267, 24 anos após a sua morte.


Até hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa.

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