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São Tomé: testemunho da busca sincera pela Palavra de Deus

Foto do escritor: Radio CatedralRadio Catedral

O Arcebispo Metropolitano Dom Gil Antônio Moreira e o Padre Tarcísio Monay falam sobre o apóstolo celebrado nesta quarta-feira (3)


Por Rádio Catedral


Nesta quarta-feira (3), a Igreja Católica faz memória de São Tomé. O apóstolo é comumente lembrado pelo episódio bíblico onde ele pede a comprovação da Ressurreição de Jesus Cristo. E se tornou um dos grandes divulgadores da Palavra de Deus até o martírio.


Em vídeo nas redes sociais da Arquidiocese, o Arcebispo Metropolitano Dom Gil Antônio Moreira destaca como as portas para a fé sempre estão abertas a todos.



Além do "ver para crer"


No entanto, além da incredulidade, o apóstolo representa todos os cristãos que manifestam claramente as dúvidas para compreender plenamente a Palavra de Deus.

 

Pois é você nunca deve ter pensado no apóstolo desta maneira. Padre Tarcísio Monay reforça que o apóstolo queria ter um entendimento claro das situações.




Este comportamento de querer entender o levou a pedir uma confirmação presencial da ressurreição de Cristo, como explica Padre Tarcísio.




Conforme Padre Tarcísio, as dúvidas e necessidade sincera de entendimento de São Tomé mostram que os cristãos devem confiar que Jesus sempre está na condução das nossas vidas.




São Tomé é aquele que indica que a busca por uma fé mais aprofundada leva à prática dos ensinamentos de Jesus, como lembra Padre Tarcísio Monay.




Por isso, padre Tarcísio ressalta que as pessoas devem ver São Tomé como o exemplo de quem entendeu a fé e professou a fé católica.




Desta forma, Padre Tarcísio nos convida a seguir o exemplo de São Tomé de sempre se  aprofundar a fé na Palavra de Deus.





Incredulidade nos planos de Deus


“A incredulidade de São Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos em Suas chagas, e curou com isso a ferida da nossa incredulidade”.

A frase do Papa São Gregório Magno é o tema do editorial com Padre Camilo.



História de São Tomé

Fonte: Canção Nova


Testemunho Bíblico


Tomé, chamado Dídimo, um dos Doze, não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. Os outros discípulos lhe disseram: “Vimos o Senhor!”. Mas ele lhes disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não acreditarei”.


Uma semana mais tarde, os seus discípulos estavam outra vez ali, e Tomé com eles. Apesar de estarem trancadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A Paz esteja com vocês!”. Depois, disse a Tomé: “Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e acredite”. Disse-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”. Então Jesus lhe disse: “Você acreditou porque me viu! Felizes os que não viram e acreditarão». (Jo 20,24-29)


Tomé incrédulo?


Geralmente, quando se fala de São Tomé, começa-se de trás para frente: depois da ressurreição, por não estar presente na aparição de Jesus aos Apóstolos, não acreditou no que lhe disseram. Porém, ninguém tem o direito de pensar que Tomé era uma pessoa tépida ou, pior ainda, um pecador. Era apenas um homem cuja fé profunda ainda devia ser posta à dura prova da vida, que ele não escondia: expôs suas dúvidas e fez a Jesus as perguntas que brotavam do seu coração. Por exemplo: quando Jesus voltou a Betânia, onde seu amigo Lázaro tinha falecido, os discípulos ficaram com medo, porque, na Judeia, o clima não era nada favorável. Ali, Tomé demonstrou não ter medo de nada, a ponto de dizer: “Vamos morrer com Ele”. Durante a Última Ceia também, quando Cristo disse que ia preparar um lugar para todos na Casa do Pai, Tomé ficou desorientado. Por isso, perguntou ao Senhor para onde ia, e qual seria o caminho para chegar lá. Então, Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a vida!”.


Incredulidade do Apóstolo como estereótipo


Toda a comunidade dos Apóstolos estava abalada pela morte de Jesus e pelas violências que padeceu. Porém, ao ressuscitar, Jesus apareceu, imediatamente, aos seus discípulos para tranquilizá-los. Tomé não estava lá naquele momento, e por isso não acreditou no que diziam. Talvez, por causa da sua teimosia inata ou por sentir de estar ausente, quis tocar as feridas dos cravos e nas mãos, e também no peito de Jesus. Afinal, ele era um homem como todos. Por isso, Jesus o satisfez ao voltar oito dias depois. Assim, Tomé acreditou, imediatamente, a ponto de confessar: “Meu Senhor e meu Deus!”, como ninguém jamais havia feito. Por fim, Jesus fez uma promessa, que servia para toda a humanidade, até o fim dos tempos: “Felizes dos que acreditarão sem ter visto”. O Papa São Gregório Magno, meditando essa realidade de São Tomé, diz: “A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos em Suas chagas, e curou com isso a ferida da nossa incredulidade”.


A missão do discípulo


Sabemos que Tomé não era muito instruído, mas, certamente, compensava esta lacuna pelo imenso amor que sentia por Jesus. Segundo a tradição, o Apóstolo recebeu a missão de evangelizar a Síria e, depois, a cidade de Edessa, da qual partiu para fundar a primeira comunidade cristã na Babilônia, Mesopotâmia, onde permaneceu sete anos.


Dali, embarcou para a Índia. De Muziris, onde já havia comunidade judaica promissora, que se tornou cristã, rapidamente atravessou todo o país até chegar à China, sempre e somente por amor ao Evangelho. Ao voltar à Índia, foi martirizado, transpassado por uma lança, na atual Chennai, em 3 de julho de 72.

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