Por Rádio Catedral
Sete influenciadores digitais, inclusive um com mais de 200 mil seguidores, foram presos na Operação Provérbios 16,18 realizada entre terça (28) e quarta-feiras (29) na Zona da Mata.
A ação mobilizou policiais civis de Juiz de Fora e teve o apoio de 25 policiais lotados no Departamento de Operações Especiais da PCMG, com sede em Belo Horizonte.
Em coletiva, os delegados explicaram detalhes do que foi apurado em cinco meses de investigação e que levou ao cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.
De acordo com o delegado Regional Bruno Wink dos Santos, os presos são suspeitos lavagem de dinheiro, organização criminosa, rifa ilegal e sonegação de impostos.
Um dos delegados da Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado em Juiz de Fora, Márcio Rocha, enumera as irregularidades identificadas na investigação até este momento.
O delegado da Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado em Juiz de Fora, Marcos Vignolo disse que o grupo movimentou cerca de R$ 3,5 milhões. Ele explicou por que as rifas promovidas pelos influenciadores digitais presos foram consideradas irregulares.
Os delegados Bruno Wink dos Santos e Márcio Rocha detalham os indícios de lavagem de dinheiro na ação da organização criminosa.
Cinco influenciadores foram presos em flagrante na BR-116 em Leopoldina, quando se deslocavam para entregar uma moto rifada em Além Paraíba. Outros dois foram presos no Bairro Linhares, em Juiz de Fora. Todos eles têm entre 20 e 30 anos e já foram encaminhados para o sistema prisional.
De acordo com os delegados, há um oitavo suspeito que não foi localizado. O delegado Márcio Rocha explicou por que a operação foi batizada como "Provérbios Capítulo 16 versículo 18.
Ao todo, foram apreendidos dez carros, 12 motos e duas moto aquáticas, e cerca de 200 pacotes de cigarro, aparelhos celulares e R$ 14 mil em dinheiro.
Duas distribuidoras de bebidas e uma loja de roupas foram interditadas nos bairros Teixeiras, Santa Terezinha e no Fábrica. A princípio, os participantes das rifas não cometeram crimes. As investigações continuam.
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