
A devoção a Nossa Senhora da Cabeça é celebrada pela Igreja Católica em 12 de agosto e paróquias da Arquidiocese de Juiz de Fora prepararam programações festivas para lembrar esse título da Virgem Maria.
Em Juiz de Fora, a Paróquia Nossa Senhora da Cabeça, localizada no Bairro São Dimas, iniciou, na última segunda-feira (3), a novena que prepara a festa da padroeira. As celebrações seguem até 11 de agosto, às 19h30, com transmissão pelo Facebook da paróquia. No dia 12, festa de Nossa Senhora da Cabeça, haverá Missas às 15h e 19h, também transmitidas pelo Facebook.
Na cidade de Santana do Garambéu (MG), uma das comunidades da Paróquia Sant'Ana é dedicada à Nossa Senhora da Cabeça. No dia 12 de agosto haverá Missas às 9h, 15h e 17h, transmitidas pelo Facebook da paróquia.
Devoção*
Esta devoção mariana de origem espanhola teve início na região da Andaluzia, mais precisamente na Serra Morena, onde se encontra o Pico da Cabeça.
O pastor Juan de Rivas, depois de participar das guerras entre os mouros e os reis de Castela, mutilado e sem poder carregar armas, retirou-se à Serra Morena para apresentar um pequeno rebanho de sua propriedade. No dia 12 de agosto de 1227, por volta da meia-noite, ouviu, em meio a fortes luzes que iluminavam o monte da Cabeça, o som aprazível de uma campainha.
Vencido o temor, aproximou-se do monte e viu, no meio de uma fogueira, a Virgem Maria. A esplendorosa Senhora lhe pediu para ir à cidade de Andújar dizer a todos que era vontade de Deus que ali se construísse um templo. Juan prometeu cumprir o que era pedido, mas manifestou sua insegurança: não acreditariam nele. Adivinhando seus pensamentos, a Virgem restituiu-lhe o braço perdido. Tal prodígio serviria de prova contra aqueles que duvidassem da veracidade de suas palavras.
Sem conter sua alegria, Juan dirigiu-se ao povoado para contar o prodígio. A população delirante foi ao monte para ver a imagem. Nossa Senhora da Cabeça foi proclamada padroeira da vila. Com a ajuda de cidades vizinhas, construíram um belo santuário no lugar da aparição.
Conta a tradição que alguns soldados procedentes de Andújar levavam sob sua proteção uma imagem da Virgem da Cabeça. Quando passaram na vila de Casas Ibánêz, os soldados pediram abrigo para si e para a imagem. A população os acolheu. Uma vez restabelecidos, prosseguiram viagem.
Com o objetivo de agradecer a hospitalidade, deixaram a imagem na casa de alguma daquelas famílias que foram tão receptivas. Os ibañeses, sensibilizados com o presente e agradecidos pelos favores que começaram a ser concedidos pela Virgem, resolveram construir-lhe uma ermida. A imagem passou a ser propriedade de todos e seu culto se espalhou pelas redondezas.
No Rio de Janeiro ainda hoje se venera uma imagem de Nossa Senhora da Cabeça, à qual os devotos oferecem ex-votos em forma de cabeças de cera de todos os tamanhos. Tal devoção data dos tempos da fundação da cidade.
Em seu surgimento na Espanha, a devoção à Nossa Senhora da Cabeça não era associada à parte do corpo humano a qual este título mariano nos remete. “Cabeça” era apenas o nome do monte onde Maria Santíssima foi vista.
Aqui no Brasil, ela costuma ser invocada para males que atacam o cérebro. Os fiéis que padecem de cefaleia e as mães de filhos com problemas escolares a ela recorrem para a solução de seus males.
*Fonte: a12.com
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