Por Rádio Catedral
Nesta sexta-feira (14), a Igreja Católica faz memória de Francisca de Paula de Jesus, a Bem-Aventurada Beata Nhá Chica. Mineira, ela nasceu em um distrito de São João del-Rei, no Campo das Vertentes, onde foi batizada no dia 26 de abril de 1810. Ainda criança, se mudou para Baependi, no sul no estado de Minas Gerais, onde morou até o falecimento em 14 de junho de 1895.
Em 4 de maio de 2013, ela se tornou a primeira negra e a sétima brasileira beatificada, ao lado de Albertina Berkenbrock; Benigna Cardoso da Silva; Isabel Cristina Mrad Campos; Lindalva Justo de Oliveira; Bárbara Maix; e Assunta Marcetti.
A Rádio Catedral pediu ao Padre Cássio Barbosa de Castro, um grande incentivador da devoção à Nhá Chica em Juiz de Fora, para contar a história da beata mineira.
Durante a programação na Paróquia Santa Ana, na Rua Afonso Celso, 95, no Bairro Vila Ideal, houve a distribuição das “pílulas de Nha Chica” na missa desta quinta-feira. E nesta manhã, o pároco está levando aos enfermos. Segundo Padre Cassio, o modo de fazer foi ditado a uma devota enferma que rezou pela intercessão da beata pedindo a cura.
Padre Cássio destaca que a programação da festa inclui a veneração de relíquias de nha chica na Paróquia Santa Ana, no bairro Vila Ideal.
Festa na Vila Montanhesa
Na Área Missionária no Bairro Vila Montanhesa, pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Dores, haverá missa em honra a padroeira às 19h30, na Rua Benjamim Elídio de Faria nº 385; bairro Vila Montanhesa.
História de Nhá Chica
Francisca de Paula de Jesus nasceu em 1808, em Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João del-Rei. Filha e neta de escravos, foi batizada no dia 26 de abril de 1810. Pouco tempo depois, sua família mudou-se para a cidade de Baependi, também no estado de Minas Gerais.
Mulher humilde, era fervorosa devota de Nossa Senhora da Conceição. Não se casou, dedicando sua vida inteiramente ao Senhor. Desde jovem, era procurada para dar conselhos e fazer orações. Era considerada uma "santa", porém sempre respondia " É porque eu rezo com fé".
Francisca era conhecida por Nhá Chica, sendo que "nhá" é uma forma reduzida da palavra senhora, que é uma forma respeitosa de se tratar aos mais velhos. Aos poucos a fama de santidade foi se espalhando e pessoas de outras localidades vinham visitá-la. A todos, atendia com a mesma paciência e dedicação, porém as sextas-feiras, não havia atendimento, pois era o dia que ela dedicava à oração e à penitência.
Francisca era analfabeta, desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem de Nossa Senhora da Conceição que era de sua mãe. Hoje, o local abriga o Santuário da Conceição.
Leiga, foi chamada ainda em vida de "a mãe dos pobres", sendo respeitada por todos os que a procuravam, desde os mais humildes aos homens mais nobres. Francisca morreu em 14 de junho de 1895 e foi sepultada no interior da capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição, construída a pedido dela. Sua beatificação ocorreu em 4 de maio de 2013.
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