Por Roberta Oliveira

Uma mensagem de paz e de oração pela humanidade. Um compromisso de fé com a Palavra de Deus. Nesta segunda-feira (13), a Igreja Católica celebra uma dos mais populares devoções marianas: Nossa Senhora de Fátima.
A data marca a primeira da série de aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, na Cova da Iria, em Portugal. E mais de 110 anos depois, a mensagem de Fátima segue atual e necessária: oração e ação constante dos cristãos pela paz no mundo.
Padre Jorge Luis Duarte, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Juiz de Fora, lembra que a Virgem Maria apareceu em um período turbulento da humanidade com a mensagem de orientação para a paz.
Cento e onze anos separam a atual sociedade da data das aparições em Fátima, mas a mensagem dela segue necessária e atual, como reforça Padre Jorge Luis Duarte
Padre Jorge Luis Duarte lembra que todos os católicos são responsáveis em viver na prática a mensagem de Fátima para que o mundo alcance a paz.
Na Paróquia Nossa Senhora de Fátima o dia da padroeira começou com a missa pelas famílias e segue com oração do terço nas comunidades. Padre Jorge Luis Duarte comenta as próximas cerimônias previstas nesta tarde.
Padre Jorge Luis Duarte deixa uma bênção para que tenhamos o coração aberto à inspiração de Nossa Senhora de Fátima para conversão e o permanente anúncio da paz.
Verdadeiros mensageiros da paz
Como podemos trabalhar todos os dias para sermos verdadeiros mensageiros da paz, como pediu Nossa Senhora em Fátima? Este foi o tema do editorial do Padre Camilo no Jornal Boa Nova desta segunda (13).
Nossa Senhora de Fátima
Fonte: Vatican News
“Não tenham medo”! Com estas palavras, a Virgem Maria dirigiu-se aos três pastorzinhos portugueses de Aljustrel, no dia 13 de maio de 1917.
Na manhã de um esplêndido domingo, Lúcia dos Santos, de 10 anos de idade, e os primos, Jacinta e Francisco Marto, de 7 e 9 anos, participaram da Santa Missa, na paróquia de Fátima e, depois, levaram suas ovelhas para pastar, no declive da Cova da Iria. Ao ouvir o toque dos sinos para o Ângelus, puseram-se a rezar o Terço, como faziam de costume. A seguir, enquanto brincavam, ficaram assombrados pelo aparecimento de um clarão improviso. Pensando que era um raio e com medo de um temporal, se apressaram para abrigar o rebanho.
Mas, logo depois, foram surpreendidos por outro clarão, sobre um carvalho, no qual viram uma Senhora, vestida de branco e radiante de luz, que lhes disse: “Vim pedir-lhes para que venham aqui, todo o dia 13, por seis meses consecutivos, nesta mesma hora. Dir-lhes-ei, oportunamente, quem eu sou e o que quero”.
A Senhora tinha um vestido com bordados dourados, um cordão de ouro na cintura, um manto cândido e um Terço de grãos brancos nas mãos. Enquanto Lúcia falava com ela, Jacinta escutava a conversa, mas Francisco não ouvia nada. Então, Maria perguntou-lhes: “Vocês querem oferecer-se a Deus, suportar todos os sofrimentos que Ele lhes mandar, como ato de reparação dos pecados, pelos quais Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores¬¬?” Lúcia respondeu-lhe: “Sim, queremos”. No entanto, a Virgem lhes disse ainda: “Vocês deverão sofrer muito, mas a graça de Deus será seu conforto”.
Aparições na Cova da Iria
Lúcia intimou seus primos a não dizer nada a ninguém sobre o acontecimento porque – explicou - “ninguém acreditaria”. No entanto, Jacinta, temendo ser castigada, por trazer as ovelhas de volta do pasto, antes da hora, contou tudo à sua mãe, que, naturalmente, não acreditou.
Lúcia, Francisco e Jacinta foram repreendidos e advertidos. Não obstante, a notícia começou se espalhar. No dia 13 de junho, na hora do encontro, uma pequena multidão uniu-se às três crianças. A Virgem pediu a Lúcia para rezar muito, mas também para aprender a ler e a escrever, a fim de poder transmitir as suas mensagens.
Na terceira aparição, cerca de duas mil pessoas se reuniram e deixaram suas ofertas em dinheiro na Cova da Iria. Nossa Senhora renovou o convite, aos três pastorzinhos, para virem, àquele mesmo lugar, todo dia 13 do mês; e, ao mostrando-lhes o inferno, exortou-os a rezar pela humanidade.
Lúcia, Francisco e Jacinta receberam zombarias dos incrédulos; até o pároco duvidou da veridicidade das suas narrações; por sua vez, também o prefeito do município de Vila Nova de Ourém, ao qual pertencia Fátima, tentou dissuadi-los.
No dia 13 de agosto, não puderam comparecer na Cova da Iria, porque estavam presos. Mas, a Virgem Maria apareceu-lhes, improvisadamente, no dia 19 de agosto, enquanto apascentavam o rebanho em Valinhos, pouco distante de Aljustrel. Lúcia aproveitou para perguntar-lhe o que devia fazer com as ofertas, que os fiéis deixaram na Cova da Iria. Então, Maria lhe respondeu: “Mande construir uma Capela, precisamente ali”.
A aparição repetiu-se, pontualmente, também no dia 13 de setembro. Neste último encontro, Nossa Senhora prometeu realizar um prodígio, para que todos acreditassem.
“Eu sou Nossa Senhora do Rosário”
No dia frio e cinzento de 13 de outubro, a chuva puniu 70 mil pessoas, entre as quais muitos jornalistas, fotógrafos e a imprensa internacional. Naquele dia, enquanto continuava a chover, a Virgem revelou a Lúcia, Francisco e Jacinta: “Eu sou Nossa Senhora do Rosário”. E, depois desta aparição, realizou o milagre prometido: a dança do sol! O astro assumiu várias cores, pôde ser visto a olho nu e começou a girar em torno de si mesmo, parecendo aproximar-se da Terra. Quando este acontecimento extraordinário cessou, as roupas das pessoas, que antes estavam ensopados, se secaram.
Treze anos depois, no dia 13 de outubro de 1930, as autoridades eclesiásticas declararam que as aparições eram “dignas de fé” e autorizaram o culto a Nossa Senhora de Fátima.
Francisco faleceu no dia 4 de abril de 1919 e Jacinta em 20 de fevereiro de 1920. Lúcia entrou para a Comunidade das Irmãs de Santa Doroteia, em 17 de junho de 1921. Após mais de dez anos da emissão de seus votos Perpétuos, decidiu ingressar para o Mosteiro Carmelita de Coimbra. Lúcia faleceu no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos.
Francisco e Jacinta foram beatificados no dia 13 de maio do ano 2000, por São João Paulo II, e canonizados, em 13 de maio de 2017, pelo Papa Francisco.
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