Por Fabíola Castro*
A hanseníase era conhecida como lepra. E neste mês de janeiro é realizada uma iniciativa de conscientização e combate à doença: a campanha Janeiro Roxo que tem como tema “A hanseníase é negligenciada, mas a saúde não!”
Uma situação negligenciada é aquela que é alvo de desatenção, desconsideração, descaso, indiferença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), infelizmente, a hanseníase é considerada assim: uma doença negligenciada. Isso transparece pela omissão de alguns tomadores de decisão e segmentos da indústria farmacêutica que não enxergam prioridade em sua prevenção e tratamento. Então, trata-se de um contexto contra o qual o Ministério da Saúde e a SBD tem trabalhado ao longo dos anos. O que se busca é conscientizar a população sobre as manifestações clínicas da doença e assegurar a todos acesso ao diagnóstico e ao tratamento precoce.
No Brasil, cerca de 30 mil novos casos da doença são detectados todos os anos. É um dado alarmante, conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cujo enfrentamento depende, de um lado, do aperfeiçoamento e implementação plena de políticas públicas. Do outro, de que cada um de faça sua parte e esteja atento ao próprio corpo, procurando orientação médica em caso de sinais e sintomas suspeitos. Como alerta a SBD em sua campanha pelo Janeiro Roxo desse ano: se a hanseníase é uma doença negligenciada, a nossa saúde não é.
A Dermatologista, Dra Mônica de Albuquerque, em entrevista para o quadro "Bendita Saúde" desta terça-feira, 24, explicou sobre a doença.
Confira:
O que é a hanseníase?
Como a hanseníase é transmitida? E como ela se desenvolve?
Como é o diagnóstico?
Como é o tratamento para a hanseníase e ela tem cura?
Para quem tem alguma alteração na pele, deve procurar atendimento para verificar, e se for o caso, fazer o diagnóstico? E que tipos de alteração devem ser observados?
O diagnóstico e o tratamento corretos devem ser priorizados e feitos o mais precoce possível para o bem estar do paciente e para evitar a transmissão para outras pessoas?
Como a Dra. Mônica destacou, ao sinal de alterações na pele o recomendado é procurar atendimento médico que pode ser na Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência ou o médico de confiança do paciente. O que não pode é deixar passar!
A dermatologista falou sobre o atendimento que pode ser feito na UBS, e em Juiz de Fora, a Prefeitura, em parceria com a Secretaria Regional de Saúde e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), realizou a capacitação sobre hanseníase aos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) do município.
A ação busca propagar informações acerca da doença, chamando atenção dos principais sinais e sintomas da hanseníase e alertando sobre a importância do diagnóstico precoce, evitando sequelas graves.
Os profissionais capacitados podem atender ainda melhor os pacientes principalmente com informações corretas. Os ACSs são os profissionais de saúde que trabalham mais próximos dos usuários, sendo essenciais para suspeitar de eventuais doenças e colaborar para a identificação precocemente do problema.
*Com informações do site da SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia e da PJF.
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