Por Fabíola Castro

Você deve ter acompanhado que depois da morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos, na última semana, por complicações da Covid-19 (ele estava completamente imunizado desde abril, quando tomou a segunda dose), as discussões e questionamentos sobre pessoas que se infectaram por Covid-19 ou morreram de complicações da doença, mesmo após tomarem a vacina, foram intensificadas e, muitas informações erradas disseminadas.
Mas, segundo os especialistas, casos assim, devem ser tratados como um "evento raro" e não significa que as vacinas não funcionam, principalmente se o esquema de imunização estiver completo. Segundo a bióloga e fundadora do Instituto Questão de Ciência, Natália Pasternak, muito procurada pelos grandes veículos de imprensa para falar sobre questões relacionadas à Covid-19, as vacinas "reduzem a chance de ficarmos doentes, de hospitalização e de morrermos" e "casos individuais não servem para dizer se uma vacina é boa ou não”. A especialista declarou em entrevista para a BBC Brasil que “Precisamos olhar como essa vacina se comporta em uma população. A vacina reduziu a incidência da doença? Então, ela funciona".
O Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Médico Pneumologista, Dr. Júlio Abreu, em vídeo em sua rede social, falou sobre a Covid-19 grave em vacinados. Dr. Julio explica o que influencia a possibilidade de doença grave e óbito em pessoas completamente vacinadas. Ouça:
Como ressaltou o Professor, Dr Júlio Abreu, mesmo com a vacinação as medidas preventivas devem ser mantidas sempre e, claro, aliadas ao avanço e aceleração da vacinação para a imunidade coletiva.
É preciso buscar pela vacina contra a Covid-19 se ela já está disponível para sua idade, e ainda mais importante, não deixar de tomar a segunda dose e completar o esquema vacinal, se o imunizante for em duas doses. No meio de uma pandemia, isso é responsabilidade com a própria saúde e com a saúde coletiva.
A Infectologista Denise Garrett, que trabalhou por mais de 20 anos no CDC - Centro de Controle de Doenças do Departamento de Saúde dos Estados Unidos (equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil), e atual vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (Washington), disse em entrevista também à BBC Brasil, que "a vacina é uma ferramenta essencial para controlar a pandemia. O que as pessoas precisam entender é que o fato de terem ocorrido casos e até mesmo hospitalizações e mortes (muito mais raras) entre vacinados não significa que a vacina não funciona. A vacina funciona e muito!".
*Áudio retirado do Instagram Prof .Júlio Abreu.
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