Por Fabíola Castro
Por se tratar de uma doença nova os cientistas ainda estão descobrindo uma série de fatores relacionados à Covid-19. Já se descobriu e se evoluiu muito nesse cerca um ano e meio de pandemia. Sabe-se que a transmissão se dá por secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, e assim, deve-se evitar o contato pessoal próximo. O distanciamento é fundamental.
Muito se falou sobre o toque em objetos ou superfícies possivelmente contaminados, seguido de contato com a boca, o nariz ou os olhos, como forma de contaminação. Com isso, a limpeza dos espaços, objetos, das compras no mercado se intensificou. Mas, é mais importante se manter esses hábitos ou ventilar bem os ambientes da nossa convivência diária?
O pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Professor Aripuanã Watanabe, virologista que trabalha com vírus respiratórios, fala sobre as formas mais comuns de transmissão do coronavírus e as medidas mais eficazes na contenção da disseminação do vírus. Confira na entrevista abaixo:
Desde o início da pandemia as recomendações de higiene das mãos, das superfícies e objetos eram dadas no intuito de evitar a propagação, a contaminação pelo coronavírus. Mas, é possível que as pessoas sejam infectadas pelo contato com superfícies ou objetos contaminados?
O hábito de lavar, higienizar todas as embalagens logo depois de fazer as compras no mercado se popularizou muito. Isso é fundamental?
Depois de muito estudo pelos cientistas, já conhecendo melhor o comportamento do vírus, os cuidados com transmissão pelo ar precisam ser levados em consideração?
Qual a diferença entre a transmissão aérea do vírus e por gotículas?
Muitas vezes um espaço que as pessoas precisam usar no dia a dia e que nem sempre estão vazios, são os ônibus urbanos, e ali é também extremamente importante que os passageiros se lembrem sempre de abrir bem as janelas para pelo menos aumentar a ventilação?
Em ambientes abertos há o risco da transmissão do coronavírus pelo ar?
A recomendação de lavar as mãos também continua valendo e não só devido à Covid-19, mas evita outras infecções. As pessoas tem muito o hábito de levar as mãos ao rosto, nos olhos, nariz, boca. É importante estar sempre com as mãos higienizadas no momento de preparo e ingestão de alimentos, no toque ao rosto?
Há uma preocupação mundial nesse momento com as variantes do coronavírus, principalmente com a Delta, que conforme a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, já está circulando na cidade de forma comunitária, sem ter como identificar a origem do vírus. O que muda, os cuidados são os mesmos?
É importante completar o esquema vacinal com as duas doses ou dose única da vacina contra a Covid-19 para a efetiva proteção. Mas já se discute a terceira dose ou dose de reforço para grupos mais vulneráveis, inclusive, o Ministério da Saúde anunciou ontem que na segunda quinzena de setembro, começa a aplicação da dose de reforço para todos os indivíduos imunossuprimidos, ou seja com a imunidade baixa, após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses. É mais uma medida pra buscar a contenção da pandemia?
Considerações finais.
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