Consórcio que integra empresa espanhola vence leilão da BR-040
- Radio Catedral
- 30 de abr.
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Por Rádio Catedral

O consórcio Nova Estrada Real, formado pelas empresas Construcap, Copasa e a espanhola OHLA, venceu o leilão do trecho da BR-040/495 entre Juiz de Fora e o Rio de Janeiro. A concessão é válida por 30 anos e prevê investimentos de R$ 5 bilhões em obras e mais R$ 3 bilhões em custos operacionais.
O grupo ofereceu um desconto de 14% sobre a tarifa básica de pedágio, estabelecida em 35 centavos por quilômetro. Foi o maior entre os concorrentes. As empresas EPR, que já administra o trecho da 040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, e Sacyr, também disputaram a concessão, mas propuseram descontos bem menores, de 1% e 3%.
A espanhola OHLA, que integra o consórcio vencedor, tem longa experiência no setor rodoviário e já atuou no Brasil em concessões passadas. A nova concessão prevê duplicações, abertura de túneis, faixas adicionais e intervenções em quatro lotes distintos. A obra principal, um túnel de 4,6 quilômetros, tem custo estimado em R$ 1,5 bilhão. O edital estabelece que o governo federal compartilhe 90% dos custos excedentes, caso os valores ultrapassem o orçamento previsto.
Desde 2016, as obras estão paradas por falta de repasses do governo à atual administradora da rodovia, a Concer, que segue operando o trecho graças a decisões judiciais. A empresa alega desequilíbrio no contrato e cobra compensações prometidas desde 2014.
A nova concessão prevê ainda melhorias como iluminação inteligente em LED, monitoramento eletrônico, radares, wi-fi na estrada, pontos de parada para caminhoneiros e instalação do sistema de pedágio eletrônico free flow, que dispensa cancelas. Haverá também desconto para usuários frequentes e para pagamentos por tag.
Um dos pontos mais discutidos do edital é a mudança na praça de pedágio. Hoje localizado em Simão Pereira, na Zona da Mata mineira, o posto será transferido para o município de Comendador Levy Gasparian, já no estado do Rio de Janeiro – ou seja, a cobrança de pedágio deixará de existir em território mineiro nesse trecho. A mudança deverá acontecer até o final do primeiro ano de concessão.
A nova concessionária só poderá começar a cobrar na nova praça depois que a atual for desativada.
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