Por Rádio Catedral
Com a chegada do inverno, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou orientações sobre o caso da coqueluche. A vacinação ajuda a evitar a doença e mesmo assim, ainda há registro de casos no Estado.
Bordertella pertussis é o nome da bactéria responsável pela infecção respiratória altamente contagiosa. Minas Gerais registrou, em 2024, 89 casos suspeitos e 15 confirmados para a coqueluche. Em 2023, foram 153 notificações de casos suspeitos e 13 confirmados. A maioria dos casos notificados e confirmados ocorrem em crianças menores de 1 ano.
A vigilância da coqueluche no estado envolve a notificação obrigatória de casos suspeitos, investigação epidemiológica, monitoramento de contatos e campanhas de vacinação.
A doença é transmitida pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas de saliva eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.
O coordenador de Programas de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas da SES-MG, Gilmar Rodrigues, explica os sintomas da doença, que pode ser perigosa para crianças menores de 1 ano.
Conforme a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), a cobertura vacinal de janeiro a abril de 2024 da pentavalente, em menores de 1 ano, é de 80,13%, e da vacina tríplice bacteriana (DTP), em crianças de 15 meses, é de 74,90%.
A meta recomendada para as duas vacinas é de 95%. Em 2023, a cobertura para as duas vacinas ficou abaixo da meta recomendada: a pentavalente ficou em 87,57% e a DTP 1º reforço ficou em 80,84%.
A vacinação é a principal estratégia de prevenção e faz parte do calendário de vacinação de crianças e de pessoas da área da saúde, como explica a coordenadora do Programa de Imunizações da SES-MG, Josiane Gusmão.
Uma mudança recente aumentou o grupo de profissionais que podem ser imunizados contra a coqueluche, como enumera Josiane Gusmão.
A coordenadora do Programa de Imunizações da SES-MG, Josiane Gusmão reforça para pais, mães e responsáveis confiarem na vacinação que protege também contra outras doenças graves.
Cuidados preventivos
Além da vacinação, a SES-MG orienta outros cuidados para evitar a coqueluche, como:
Manter as medidas e boas práticas como uso de máscara, higienização das mãos, cobertura da boca e do nariz ao tossir ou espirrar;
Descartar lenço de papel e lavar as mãos imediatamente após o uso;
Em casos de sintomas, evitar contato com outras pessoas para prevenir a transmissão;
Procurar imediatamente um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento;
Informar ao profissional sobre outros contatos com sintomas similares.
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