Por Fabíola Castro
Aquela caixinha que transmite a voz humana, músicas, notícias e faz parte da vida das pessoas, completa cem anos da primeira transmissão no Brasil. O rádio, companheiro de muitas pessoas, saiu desta caixinha que ficava apenas nas salas, cozinhas das casas, para a mão dos ouvintes para escutar, ou até mesmo ver, em qualquer lugar através do celular usando hoje a internet.
A primeira transmissão radiofônica foi realizada no Brasil por Edgar Roquette Pinto, durante os festejos pelo centenário da Independência, em 7 de setembro de 1922. Ele transmitiu a fala do então presidente Epitácio Pessoa, além de músicas em uma estação de rádio que foi instalada no Corcovado no Rio de Janeiro. Esta foi a primeira transmissão de rádio reconhecida oficialmente, porém, há relatos de uma transmissão feita alguns anos antes pelo Padre Landell de Moura, que realizou uma demonstração da transmissão de voz via ondas de rádio.
A radialista e professora de radiojornalismo da Estácio Juiz de Fora, Tâmara Lis, destaca a importância deste meio na história da construção do nosso país.
Professora Tâmara Lis lembra ainda do pioneirismo do rádio em Juiz de Fora e de grandes nomes da cidade.
Por aqui, foi em 1º de janeiro de 1926, que José Cardoso Sobrinho inaugurou a primeira rádio de Juiz de Fora: a PRA-J, funcionando, a princípio, na residência de seu fundador, na Rua Tiradentes, depois transferida para o prédio onde funcionava a Biblioteca Municipal, no centro do Parque Halfeld.
A Rádio Sociedade de Juiz de Fora foi a 10ª no país e a primeira em Minas Gerais. Em 1929, Cardoso Sobrinho reúne um grupo de amigos e forma uma sociedade para colaborar na manutenção da emissora, que passa a se chamar PRB-3.
Conforme ainda a Professora Tâmara Lis a contribuição da cidade para o rádio também foi de grande importância.
O rádio evoluiu com as novas tecnologias e ao contrário do que se pensava, se manteve atual e presente na vida das pessoas.
O rádio está próximo das pessoas e apesar das novas tecnologias e inúmeras possibilidades, atualmente ainda é ouvido sim pelo radinho de pilha nos mais distantes lugares. É como a experiência que temos na Rádio Catedral FM 102.3, a proximidade com muitos ouvintes nos torna amigos que 'convivem' todos os dias. Entramos na casa, trabalho das pessoas e recebemos o retorno através da colaboração, das mensagens diárias pelo celular, das ligações ou até mesmo visitas em nossas dependências.
Professora Tâmara finaliza ressaltando justamente isso, o acolhimento, a conversa, a escuta proporcionada pelo rádio.
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*Com informações de Forum da Cultura - UFJF e
Agência Brasil - EBC
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